Fileiras de painéis de concreto dispostos em formações labirínticas. Bloqueios antitanque. Muitos sacos de areia. Barreiras improvisadas construídas com pedaços aleatórios de metal, madeira, pneus velhos ou qualquer coisa que estivesse à mão.
E para onde quer que você olhe, há bandeiras ucranianas azuis e amarelas.
A cidade está estranhamente quieta. Muitas pessoas fugiram nos últimos dias. Aqueles que ficaram se refugiam em abrigos antiaéreos, porões e estações de metrô.
Os postos de controle espalhados pelos pontos de entrada da cidade são ocupados por ucranianos comuns. Estes não são soldados. Há uma semana, muitos desses homens estariam trabalhando ou desfrutando de momentos de lazer com seus amigos e familiares.
Agora, eles estão prontos para defender a capital de seu país.
Oleksiy Goncharenko vigiava um dos postos de controle em Kiev na terça-feira, armado com o rifle que pegou na semana passada depois de responder a um chamado das autoridades ucranianas para se preparar para defender o país.
Estava muito frio e Goncharenko trabalhava em turnos com outros voluntários. Quando não está no posto de controle, ele diz que está na base, ajudando onde pode: “Ajuda humanitária, ajudando as pessoas a [to places]organizar transporte, compartilhar informações.
Goncharenko não é, e nunca foi, um militar. Ele é membro da Verkhovna Rada, o parlamento ucraniano,
“Não sou um soldado profissional, mas posso tentar e fazer o meu melhor e farei se as forças russas entrarem em Kiev”, disse ele à CNN.
A maioria dos homens nos postos de controle está sorrindo. Quando um carro passa, eles cumprimentam seus ocupantes, acenam e desejam uma boa viagem, onde quer que estejam.
Um homem de óculos, chapéu camuflado e luvas de lã com seis das dez pontas dos dedos cortadas faz um rápido sinal de V e acena.
Os homens aqui estão tentando manter o moral alto, mesmo sabendo muito bem que o inimigo que enfrentam está muito mais bem equipado.
A Rússia acumulou um comboio militar de 64 quilômetros (40 milhas) de comprimento, composto por veículos blindados, tanques, artilharia rebocada e outros veículos de logística, aproximando-se dos arredores de Kiev.
A maioria, mas não todos, os homens nas ruas da capital estão equipados com fuzis. Eles estão estacionados ao lado da rodovia que liga o centro da cidade de Kiev com seus subúrbios.
As braçadeiras feitas com um pedaço de fita amarela indicam que eles fazem parte das Forças de Defesa Territoriais, um ramo das forças armadas da Ucrânia composta principalmente por voluntários. Dezenas de milhares aderiram nos últimos dias.
Alguns parecem muito, muito jovens, vestindo calças de moletom e tênis. No tempo frio, os defensores da cidade, juntamente com todos os outros em Kiev, aguardam o que está por vir.
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