Cingapura e Brasil fortalecerão a cooperação e trabalharão juntos nas mudanças climáticas

Cingapura e Brasil assinaram um acordo para aumentar a cooperação em iniciativas de capacitação, disseram os países na segunda-feira.

Eles também se comprometeram a trabalhar juntos nas mudanças climáticas, com Cingapura prometendo ainda apoiar a candidatura do Brasil para sediar a cúpula internacional do clima COP30 de 2025 na cidade de Belém, no nordeste do país.

Cingapura e Brasil informaram em comunicado conjunto que a chanceler Vivian Balakrishnan e seu homólogo brasileiro, Mauro Vieira, assinaram um memorando de entendimento sobre o programa de cooperação Brasil-Cingapura com terceiros países em Brasília, capital do Brasil.

O programa visa facilitar a cooperação entre Cingapura e Brasil no fornecimento conjunto de iniciativas de capacitação para países em desenvolvimento na América Latina, Caribe e Ásia-Pacífico.

O Dr. Balakrishnan esteve no Brasil para uma visita oficial de três dias a partir de 16 de abril. Ele se encontrou com Vieira na segunda-feira, como parte de sua primeira reunião de consulta política inaugural.

O Dr. Balakrishnan também se reunirá com o vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva.

“A relação de Cingapura com o Brasil é dinâmica e voltada para o futuro, baseada em uma base muito forte de confiança, respeito mútuo e boa vontade. Estamos ansiosos pelas oportunidades futuras”, disse o Dr. Balakrishnan em uma entrevista coletiva conjunta com o Sr. Vieira na segunda-feira, acrescentando que Cingapura vê o Brasil como um parceiro preferencial para aprofundar sua cooperação na América Latina.

O comunicado conjunto refere ainda que ambos os ministros decidiram iniciar negociações sobre um Tratado de Auxílio Judicial Mútuo em Matéria Penal, com o objetivo de aprofundar a cooperação bilateral em matéria jurídica.

Também concordaram em fortalecer a cooperação no campo da educação, incluindo o intercâmbio de estudantes em nível universitário, e aumentar a mobilidade acadêmica em ambas as direções.

Durante a coletiva de imprensa, o Dr. Balakrishnan disse que Cingapura e Brasil têm trabalhado juntos para fortalecer os laços institucionais que irão impulsionar a cooperação econômica.

Ele citou o Acordo para Evitar a Dupla Tributação (DTA) entre os dois países, que entrou em vigor em 2021, e o Acordo de Livre Comércio (TLC) Mercosul-Cingapura, que ainda não foi assinado.

O DTA reduz as barreiras ao investimento transfronteiriço e visa aumentar os fluxos comerciais e econômicos entre os dois países.

O ALC Mercosul-Cingapura aumentará as oportunidades comerciais e incentivará o envolvimento do setor privado entre Cingapura, Brasil e os outros estados membros do Mercosul.

O Dr. Balakrishnan expressou sua esperança de que a assinatura antecipada do ALC Mercosul-Cingapura possa ocorrer até o final deste ano.

“Juntos, acreditamos que esses dois acordos beneficiarão empresas tanto no Brasil quanto em Cingapura, impulsionando os fluxos comerciais e de investimento em ambas as direções”, disse o Dr. Balakrishnan.

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