Casos de Deltacron confirmados no Brasil
O ministro da Saúde do Brasil, Marcelo Queiroga, confirmou na terça-feira que dois casos da variante Deltacron da COVID-19 foram detectados no país.
Deltacron é um acrônimo para Delta plus Omicron, que combina características genéticas de ambas as cepas, algo que a Organização Mundial da Saúde (OMS) vem monitorando desde o início do mês, quando os primeiros casos foram identificados na França, foi relatado.
“Nosso serviço de vigilância genômica já identificou dois casos no Brasil. Um no Amapá, outro no Pará”, disse Queiroga a jornalistas em Brasília. O ministro salientou ainda que, em contexto de pandemia, os vírus propagam-se mais facilmente entre a população e replicam-se mais rapidamente. Portanto, as chances de mutação aumentam. Esse fato reforça a importância de as pessoas se vacinarem, segundo Queiroga.
“Esta variante [the Deltacron] é considerado importante e requer acompanhamento”, explicou ainda o ministro. Ele também alertou que, mesmo em meio à atual desaceleração dos casos de COVID-19, as autoridades de saúde devem permanecer vigilantes.
“Tudo o que acontece em outros países, nós observamos. Monitoramos todos os casos e isso é resultado do fortalecimento da capacidade de vigilância genômica no Brasil”, acrescentou.
O ministro destacou ainda “os fortes investimentos feitos pelo governo federal após a pandemia”.
Entre a tarde de domingo e a tarde de segunda-feira, 11.287 novos casos de COVID-19 foram confirmados em todo o país, incluindo 171 mortes.
Aos sábados, domingos e segundas-feiras, os números costumam ser inferiores aos demais dias devido às dificuldades de transmissão da informação durante os finais de semana. No entanto, os resultados gerais indicam uma melhora na situação.
Com esse cenário, vários estados e municípios já relaxaram as medidas de controle sanitário, como a obrigatoriedade do uso de máscaras de proteção.
“O STF [Federal Supreme Court] delegou aos estados e municípios a prerrogativa, de forma complementar à União, de se pronunciar sobre o uso de máscaras. Não se trata de obrigar as pessoas a não usarem máscaras, mas sim de dispensar o uso de máscaras. E isso depende do [local] cenário epidemiológico. Você tem que fazer isso de uma forma inteligente. Por exemplo, embora o número de casos esteja a abrandar, é recomendado que continuemos a usar máscaras nos hospitais”, explicou Queiroga.