Carrefour continua vendendo carne bovina ligada ao desmatamento no Brasil: ONG

Até agora este ano, quase 9.500 quilômetros quadrados (2,3 milhões de acres) da floresta amazônica foram destruídos, em comparação com 9.200 quilômetros quadrados em 2021.
Até agora este ano, quase 9.500 quilômetros quadrados (2,3 milhões de acres) de floresta amazônica foram destruídos, em comparação com 9.200 quilômetros quadrados em 2021. Foto: MICHAEL DANTAS / AFP/Arquivos
Fonte: AFP

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O gigante varejista francês Carrefour continua a vender produtos de carne bovina brasileira ligados à destruição do Amazonas selva apesar de prometer acabar com essas vendas, disse o grupo ativista americano Mighty Earth na sexta-feira.

O Carrefour suspendeu o fornecimento de carne bovina de dois frigoríficos da JBS ligados ao desmatamento na Amazônia depois que a ONG pediu à rede de supermercados que limpasse suas cadeias de abastecimento em setembro.

Ele disse que a JBS não forneceria mais suas lojas no Brasil.

A Mighty Earth procurou verificar isso analisando 310 produtos vendidos nas 10 lojas da rede em sete cidades brasileiras no mês de outubro.

“Os resultados são implacáveis. O Carrefour não aplicou essa suspensão em todas as suas lojas. A Mighty Earth identificou 12 produtos vendidos que vieram dos dois frigoríficos em quatro lojas do grupo”, incluindo a marca Atacadao, informou o grupo em comunicado.

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O Carrefour reconheceu ter havido “falha nas instruções de suspensão”, em particular as relativas a duas lojas que foram transferidas da marca Maxxi, pertencente ao retalhista brasileiro Grupo BIG, para o Atacadao. O Carrefour adquiriu o Grupo Big no início deste ano.

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“Lamentamos isso e estamos verificando se outras lojas, que fornecem seus suprimentos diretamente localmente, foram afetadas”, disse uma porta-voz do Carrefour.

Ele acrescentou que a gigante do varejo está “fazendo um tremendo esforço para resolver os problemas caso a caso”.

O Carrefour renovou seu compromisso no início deste mês para garantir que a carne que vende seja “livre de desmatamento” até 2026.

A Mighty Earth disse que depois que o esquerdista Luiz Inácio Lula da Silva venceu a eleição presidencial no mês passado, o Carrefour deve se comprometer com “desmatamento zero e garantir uma implementação robusta”, especialmente em suas cadeias de abastecimento.

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Segundo o INPE, instituto de pesquisas espaciais do Brasil, que mede o nível de desmatamento na Amazônia, 2022 já é um ano recorde.

Até agora este ano, quase 9.500 quilômetros quadrados (2,3 milhões de acres) foram destruídos, em comparação com 9.200 quilômetros quadrados em 2021.

Fonte: AFP

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