Câmara dos Deputados do Brasil aprova projeto de educação domiciliar ao Senado
/// Os alunos ainda precisarão se matricular em uma escola regular e seu processo será monitorado pelas instituições, não apenas pelos pais ou responsáveis
A Câmara dos Deputados do Brasil aprovou na quinta-feira um projeto de lei que estabelece as condições para o homeschooling, uma tendência que vem crescendo globalmente após os bloqueios do COVID-19.
O projeto básico foi aprovado na quarta-feira e os legisladores retomaram a votação na quinta-feira para rejeitar uma série de emendas antes de levar o projeto ao Senado para aprovação final.
De acordo com a proposta, para se qualificar para o ensino domiciliar, o aluno deve estar matriculado em uma escola regular, que acompanhará o processo. Os pais interessados em ensinar seus filhos em casa devem seguir a Base Curricular Nacional Comum definida pelo Ministério da Educação. Disciplinas e disciplinas adicionais podem ser incluídas na rotina de ensino.
Pelo menos um dos pais ou responsável também será obrigado a fornecer prova de ensino superior ou educação profissional em tecnologia em um curso reconhecido. Eles também não devem ter antecedentes criminais.
O projeto de lei também prevê que a vida familiar e comunitária do aluno não seja afetada e que as atividades educativas sejam realizadas para promover o desenvolvimento integral do aluno, levando em consideração seu desenvolvimento intelectual, emocional, físico, social e cultural.
Será de responsabilidade dos pais manter registros periódicos das atividades e enviar relatórios trimestrais à instituição de ensino onde o aluno está matriculado.
O aluno deve também participar em avaliações anuais de aprendizagem durante o ciclo do ensino básico.
No ensino fundamental e médio, além desses relatórios, deve haver uma avaliação anual baseada no conteúdo curricular, com possibilidade de avanço em cursos e séries, conforme estabelecido pela Lei de Diretrizes e Bases (LDB).
Se o desempenho do aluno nesta avaliação anual for considerado insatisfatório, uma nova avaliação será oferecida no mesmo ano.
Os opositores da iniciativa afirmaram que ela vai tirar recursos da educação e sobrecarregar as escolas, que teriam que promover reuniões periódicas para acompanhamento educacional, troca de informações e aplicação de exames. (Fonte: Agência Brasil)