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BRASÍLIA, 25 Fev (Reuters) – O Brasil apoiará uma resolução condenando a invasão da Ucrânia pela Rússia em uma reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas nesta sexta-feira, disseram à Reuters duas fontes próximas às negociações.
O presidente Jair Bolsonaro, que recentemente se encontrou com o presidente Vladimir Putin em Moscou, na quinta-feira repreendeu seu vice-presidente Hamilton Mourão por condenar a invasão russa da Ucrânia e disse que não era trabalho de Mourão falar sobre a crise no Leste Europeu.
“Vamos apoiar a resolução do Conselho de Segurança e condenar a invasão”, disse uma das fontes, que pediu anonimato.
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“A Rússia violou as regras da ONU ao invadir outro país. Esse fato não pode passar sem condenação”, disse o funcionário.
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil expressou nesta quinta-feira preocupação com as operações militares da Rússia e pediu uma solução diplomática, mas não condenou a invasão.
No Kremlin ao lado de Putin alguns dias antes da invasão, Bolsonaro disse estar “solidário com a Rússia”, sem dar mais detalhes. Mais tarde, ele disse a repórteres que Putin tinha intenções pacíficas.
O Departamento de Estado dos EUA lamentou os comentários de Bolsonaro, dizendo que minam os esforços diplomáticos para evitar um desastre, bem como os pedidos do Brasil por uma resolução pacífica.
A Ucrânia exigiu nesta quinta-feira uma manifestação de solidariedade do Brasil e a condenação da “agressão” da Rússia contra seu território.
“Ainda estamos esperando a expressão oficial de solidariedade”, disse o encarregado de negócios da Ucrânia em Brasília, Anatoliy Tkach, em entrevista coletiva. Tkach disse que estava ouvindo essa solidariedade de diplomatas brasileiros a título pessoal.
O Brasil busca abrir canais de negociação com outros países, como a Índia, membro do BRICS, que poderia se comunicar com Putin, disse uma das fontes à Reuters.
Ele disse que a opinião brasileira é que nem a resolução da ONU nem as sanções vão ajudar a acabar com a invasão.
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Informações de Lisandra Paraguassu; Escrito por Gabriel Araujo e Anthony Boadle
Nossos padrões: Os Princípios de Confiança da Thomson Reuters.