Brasil tem a maior participação de eletricidade limpa no G20

(MENAFN-IANS) Nova Delhi, 15 de maio (IANS) O Brasil, anfitrião da cúpula do G20 no próximo ano, tem a maior participação de eletricidade limpa no G20, um relatório do think tank de energia Ember disse na segunda-feira.
Em 2022, o Brasil gerou 89% de sua eletricidade a partir de fontes limpas, o que inclui 63% de energia hidrelétrica, 12% de energia eólica e 3% de energia solar.
Os combustíveis fósseis representaram 11% da geração brasileira em 2022, sendo a maior parte gás (7%).
A Índia, atual anfitriã, está muito mais atrasada na descarbonização de seu sistema elétrico. Tem a segunda maior dependência do carvão, depois da África do Sul, mas já obtém 9% de sua eletricidade da energia solar e eólica.
“O Brasil está muito à frente da Índia em obter um sistema elétrico limpo”, disse Dave Jones, diretor de análise de dados da Ember.
“Os anfitriões do G20 podem aprender com os sucessos uns dos outros. A Índia está se tornando um rei solar, com geração crescendo 45 vezes na última década para atingir 5% de sua energia até 2022. O Brasil teve uma vantagem inicial com uma base sólida em hidrelétricas, mas não descansaram sobre os louros, com um crescimento verdadeiramente impressionante da energia eólica, que se multiplicou por 16 na última década e atinge os 12% da sua potência em 2022”.
Energia eólica e solar substituindo a parcela de energia do carvão nos países do G20. Estradas alinhadas com 1.5C requerem uma rápida redução na energia do carvão nesta década.
As energias eólica e solar reduziram a participação da energia a carvão nos países do G20 desde o Acordo de Paris, de acordo com uma análise de dados da quarta revisão anual de eletricidade global publicada pelo think tank de energia Ember.
No entanto, a transformação ainda não está acontecendo rápido o suficiente para um caminho alinhado a 1,5C, embora haja sinais positivos.
Os dados revelam que nos países do G20, a energia eólica e solar atingiram uma participação combinada de 13% da eletricidade em 2022, acima dos 5% em 2015. Nesse período, a participação da energia eólica dobrou e a da energia solar quadruplicou. Como resultado, a energia a carvão caiu de 43% da eletricidade do G20 em 2015 para 39% em 2022.
As ações de outras fontes de energia ficaram estáveis, flutuando apenas 1-2 pontos percentuais.
De acordo com o IPCC, as energias eólica e solar podem fornecer mais de um terço dos cortes de emissões necessários até 2030 para limitar o aquecimento global a 1,5 grau. De forma encorajadora, metade dessas reduções de emissões de energia eólica e solar realmente economizariam dinheiro em comparação com o cenário de linha de base.
“Substituir a energia do carvão pela energia eólica e solar é a coisa mais próxima que temos de uma bala de prata para o clima”, disse Malgorzata Wiatros-Motyka, analista sênior da Ember.
“As energias solar e eólica não apenas reduzem as emissões rapidamente, mas também reduzem os custos de eletricidade e reduzem a poluição insalubre”.
Em todo o G20, o progresso em direção à energia eólica e solar é misto. Os líderes são Alemanha (32%), Reino Unido (29%) e Austrália (25%). Turquia, Brasil, Estados Unidos e China têm estado consistentemente acima da média mundial. No fundo estão a Rússia, a Indonésia e a Arábia Saudita com quase zero de energia eólica e solar em seu mix.
Treze membros do G20 ainda têm mais da metade de sua eletricidade proveniente de combustíveis fósseis em 2022. A Arábia Saudita se destaca com quase 100% de sua eletricidade proveniente de petróleo e gás. África do Sul (86 por cento), Indonésia (82 por cento) e Índia (77 por cento) são os próximos mais dependentes de combustíveis fósseis, todos predominantemente de geração a carvão.
Entre as economias avançadas (OCDE) no G20, que devem visar a eliminação do carvão até 2030, houve uma redução na geração de carvão em 42% em termos absolutos, de 2.624 TWh em 2015 para 1.855 TWh em 2022.
O declínio mais rápido na energia a carvão no G20 foi alcançado pelo Reino Unido, que reduziu sua geração a carvão em 93% desde a assinatura do Acordo de Paris, caindo de 23% da eletricidade em 2015 para apenas 2% em 2022.
A Itália reduziu pela metade sua energia a carvão no mesmo período, enquanto os EUA e a Alemanha cortaram sua energia a carvão em cerca de um terço. Até a Austrália, que depende do carvão, reduziu sua parcela de energia a carvão de 64% em 2015 para 47% em 2022.
Entre as economias avançadas do G20, o Japão se destaca porque ainda não reduziu sua participação na energia a carvão, que ainda representa cerca de um terço de sua eletricidade.
O crescimento da geração eólica e solar tem sido um fator chave para o sucesso desses países da OCDE em reduzir a energia do carvão. O Reino Unido e a Alemanha se destacam com as maiores participações de energia eólica em 25% e 22% em 2022, enquanto a Austrália e o Japão lideram o G20 em participação de energia solar em 13% e 10%, respectivamente, em 2022.
Embora a participação do G20 na energia a carvão tenha diminuído desde o Acordo de Paris, a geração absoluta de energia a partir do carvão aumentou à medida que os países se voltam para o carvão para atender à crescente demanda.
–IANOS
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