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O número de casos prováveis de chikungunya no Brasil no início deste ano mais que dobrou em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados do Ministério da Saúde.
Até 20 de fevereiro, o aumento foi de 110%, passando de 16.971 para 35.569 casos prováveis. Os maiores percentuais de aumento foram observados na região Sudeste, com destaque para os estados de Minas Gerais e Espírito Santo. Outros com alta são Tocantins, Mato Grosso do Sul, Bahia e Sergipe.
A doença é caracterizada por sintomas como o início súbito de febre alta e fortes dores nas articulações. Assim como a dengue e a zika, a chikungunya é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Apesar das semelhanças nos sintomas, a principal diferença entre dengue e chikungunya são as dores nas articulações, muito mais intensas na chikungunya, que afetam principalmente os pés e as mãos, geralmente tornozelos e punhos.
O diagnóstico de chikungunya deve ser feito por um médico e pode ser confirmado por exames laboratoriais específicos. Todos os exames estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). Como a doença é transmitida por mosquitos, é fundamental que a população reforce as medidas de eliminação de criadouros em residências e bairros.
O Ministério da Saúde destaca a importância da participação da comunidade:
- Certifique-se de que as caixas d’água e outros depósitos estejam devidamente tampados;
- Remova folhas ou outros tipos de sujeira que possam gerar acúmulo de água nas calhas;
- Guarde os pneus em locais cobertos;
- Guarde as garrafas de cabeça para baixo;
- Limpar periodicamente ralos, calhas e outros tipos de ralos;
- Denuncie situações de prédios fechados ou abandonados que possam conter piscinas ou criadouros de mosquitos à Secretaria Municipal de Saúde do seu município. É importante deixar o Agente de Saúde visitar o imóvel;
- Caso apresente sintomas compatíveis, procure um serviço de saúde.
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O tratamento da chikungunya é feito de acordo com os sintomas. Até o momento, não há tratamento antiviral específico para a doença. Hidratação e repouso são medidas essenciais para a recuperação. Os sintomas costumam desaparecer após a fase aguda da doença, porém, em alguns casos, as dores nas articulações podem persistir por meses e até anos. Nesses casos, o paciente deve retornar à unidade de saúde para avaliação médica e evitar a automedicação.