O país hoje ultrapassa 115 mil mortes por covid-19, com 679 novos óbitos registrados nas últimas 24 horas; No total, são 115.451 mortes desde o início da pandemia. A informação vem do consórcio de veículos dos quais Twitter Faz parte.
O número de novos casos confirmados entre ontem e hoje chegou a 21.491, com um total de 3.627.217 diagnósticos no país.
A média móvel de óbitos, que calcula os óbitos diários com base nos registros feitos nos últimos sete dias, aponta para 971 óbitos por dia, resultado considerado estável em 14 dias (-3%).
Segundo levantamento do consórcio, cinco estados experimentaram aceleração na média móvel de óbitos pela doença na variação de 14 dias, enquanto 11 apresentaram queda.
Entre as regiões, o Sul começou a desacelerar (-20%) após semanas de escalada e alguns dias de estabilidade. Os demais ficaram estáveis: Centro-Oeste (14%), Nordeste (-9%), Norte (-7%) e Sudeste (2%).
Veja a oscilação nos estados:
- Aceleração: BA, GO, RJ, RN e TO
- Estabilidade: AC, AP, ES, MS, PA, PB, PR, RN, RS, SP e TO
- Restos: AL, AM, CE, MA, MT, PE, PI, RO, RR, SC e SE
Ministério da Saúde
Segundo o Ministério da Saúde, o país atingiu hoje 115.309 óbitos por covid-19, com 565 novos óbitos registrados nas últimas 24 horas.
A pasta mostrou 17.078 casos confirmados da doença entre ontem e hoje, totalizando 3.622.861 diagnósticos.
O governo federal considera 2.778.709 pacientes recuperados da doença e indica 728.843 casos em acompanhamento.
Bolsonaro ataca a imprensa e defende a cloroquina
Ainda hoje, horas antes de o país ultrapassar 115.000 mortes por covid-19, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) participou do evento “Brasil derrotando covid-19”. Na cerimônia, o Diretor Executivo mais uma vez elogiou o uso de cloroquina e hidroxicloroquina nos tratamentos para a doença decorrente do novo coronavírus, mesmo sem evidências científicas da eficácia dos medicamentos no combate à covid-19.
Arthur Weintraub, irmão do ex-ministro Abraham Weintraub (Educação) e assessor especial da Presidência, lamentou os médicos que perderam o emprego na defesa das drogas. Bolsonaro, por sua vez, após dizer a um jornalista que queria “encher a boca” de uma “surra”, declarou que, se infectado com covid-19, os jornalistas têm menos probabilidade de sobreviver do que ele, o presidente da República.
Pazuello: ‘Números positivos’
Sem participar da cerimónia no Palácio do Planalto, o ministro da Saúde em exercício, general Eduardo Pazuello, afirmou hoje que, com o fim da pandemia, Os números para o Brasil serão “muito positivos”. Ele esteve na inauguração de uma unidade de apoio ao diagnóstico do novo coronavírus em uma unidade da Fiocruz no Ceará.
“Não estou me referindo apenas a números, que serão muito positivos no final, quando fizermos cálculos em relação à população brasileira e, infelizmente, perdas. Estou falando do que fizemos para combater a pandemia. O que entregamos, chegamos ao ponto de linha “, declarou ele.
O ministro em exercício também reforçou, sem apresentar evidências, que o número de mortes no país teria sido menor se o uso da hidroxicloroquina tivesse sido aplicado nos tratamentos desde o início.
Veículos se reúnem para obter informações
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro para restringir o acesso a dados sobre a pandemia covid-19, a mídia Twitter, El Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa na busca das informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes recentes das autoridades e do próprio presidente questionam a disponibilidade dos dados e sua veracidade.