O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à presidência da República, discursa durante evento chamado “Contagem abraça Lula”, em Contagem, Minas Gerais, Brasil, 10 de maio de 2022. REUTERS/Washington Alves
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BRASÍLIA, 27 Mai (Reuters) – O Brasil se prepara para receber um número recorde de observadores internacionais para as eleições de outubro, segundo autoridades eleitorais e organizações participantes, em meio a uma disputa presidencial polarizada na qual o presidente Jair Bolsonaro questionou a confiabilidade das urnas eletrônicas. . .
O governo Bolsonaro se opôs no mês passado a um convite feito pelas autoridades eleitorais brasileiras à União Europeia para enviar observadores pela primeira vez, afundando essa proposta. consulte Mais informação
Mas o parlamento do bloco comercial sul-americano Mercosul, conhecido como Parlasul, enviará pela primeira vez uma missão formal de observação, assim como o Carter Center, com sede nos EUA, e a Fundação Internacional para Sistemas Eleitorais (IFES).
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A Organização dos Estados Americanos, composta por 34 países, também enviará mais observadores do que em 2018, quando Bolsonaro foi eleito.
“Ainda não sabemos o tamanho da missão, isso dependerá do dinheiro disponível, mas pretendemos torná-la maior”, disse uma fonte do fórum hemisférico em Washington, que pediu anonimato para comentar as discussões preliminares . “Em 2018 foram 40 observadores e queremos ultrapassar esse número.”
Bolsonaro, um populista de extrema direita, apoiou abertamente as acusações infundadas de fraude do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, nas eleições de 2020. Ele levantou questões semelhantes sobre o sistema de votação eletrônica do Brasil, chamando-o de fraude, sem fornecer evidências. consulte Mais informação
Essas acusações, juntamente com as críticas de Bolsonaro às autoridades eleitorais que defendem os sistemas eleitorais do Brasil, levantaram preocupações de que ele não aceitará a derrota de seu rival de esquerda Luiz Inácio Lula da Silva, que lidera as pesquisas de opinião.
“Por isso estamos convidando, de forma inédita, todos os organismos internacionais e centros especializados para atuarem como observadores de nossa eleição”, disse na semana passada Edson Fachin, chefe do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
“Nossa meta é ter mais de 100 observadores internacionais durante o processo eleitoral”, disse Fachin, um dos ministros rotativos da Suprema Corte que lideram o TSE este ano.
O Parlasul foi convidado pelo TSE a enviar deputados para as eleições de 2018 como convidados estrangeiros. Este ano enviará pela primeira vez uma missão oficial de observação eleitoral, segundo o diretor da missão, Alexandre Andreatta.
Ele disse que a missão teria entre 10 e 20 membros.
O Carter Center, pioneiro na observação eleitoral internacional desde a década de 1980, disse que enviará uma missão exploratória ao Brasil em junho para estudar a possibilidade de observar a votação de outubro, disse um porta-voz.
A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa confirmou que enviará observadores eleitorais, disse Fachin, e a Rede Global pela Justiça Eleitoral, organização pró-democracia, foi convidada a fazê-lo, disse Fachin. Autoridades eleitorais europeias foram convidadas como convidados, disse ele.
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Informações de Anthony Boadle e Ricardo Brito; Editado por Bill Berkrot
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