SÃO PAULO, 17 Mar (Reuters) – O governo brasileiro está estudando a possibilidade de regulamentar plataformas de internet com conteúdo gerador de receita, como publicidade, disse o secretário de política digital, João Brant, nesta sexta-feira.
A ideia seria um regulador responsabilizar essas plataformas, e não os consumidores, pelo conteúdo monetizado, disse Brant à Reuters.
Otro de los objetivos es “evitar que las redes se utilicen para la difusión y promoción de delitos y contenidos ilegales”, especialmente después de los disturbios de simpatizantes del expresidente ultraderechista Jair Bolsonaro en Brasilia en enero, alimentados por la desinformación sobre las elecciones que perdió em outubro. .
Brant disse que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva também pretende responsabilizar as empresas por impedir desinformação, discurso de ódio e outros crimes em suas plataformas de mídia social. As plataformas não seriam responsáveis pelo conteúdo individualmente, mas por quão diligentes são na proteção do “ambiente digital”, disse ele em entrevista.
Brant não detalhou como seria o órgão regulador, mas disse que o governo quer regular o conteúdo monetizado e impedir que as plataformas espalhem desinformação.
“O que a agência faria é monitorar se as plataformas estão cumprindo bem suas obrigações, e não atender ao conteúdo individual publicado pelos usuários. Isso deveria estar na Justiça”, disse.
Brant não especificou o papel que o judiciário desempenharia no combate à desinformação.
Qualquer proposta exigiria mudanças no marco regulatório da lei de 2014 conhecida como “Marco Civil” que rege a Internet no Brasil e protege os direitos dos usuários.
O artigo 19 da lei isenta as plataformas de responsabilidade legal “por danos e prejuízos decorrentes de conteúdo gerado por terceiros”, a menos que haja ordem judicial específica para a remoção do conteúdo.
Para Brant, o quadro atual “cria um incentivo para que as plataformas não cuidem do espaço público de debate”.
A falta de responsabilidade pelo conteúdo que é promovido, monetizado ou apresentado como publicidade deve ser reconsiderada, disse ele, acrescentando: “Não ter responsabilidade por esse conteúdo é muito ruim”.
O Supremo Tribunal Federal discute a constitucionalidade do artigo 19 desde 2017, com base em uma ação movida pela Meta Platforms Inc (META.O) Meta, proprietária do Facebook e do WhatsApp.
A Meta questionou sua responsabilidade de remover conteúdo sem decisão judicial em um caso envolvendo um perfil falso no Facebook. O tribunal marcou uma audiência pública sobre o assunto para 28 de março.
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Reportagem de Victor Pinheiro, Debora Ely e Bernardo Barbosa; Editado por David Gregorio
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