Brasil: 16 cidades concentram 80% dos casos de malária causada por Plasmodium falciparum

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Eliminar a malária no Brasil até 2035 é uma das prioridades do Ministério da Saúde. A doença representa um importante problema de saúde pública no país, com 99% dos casos concentrados na região amazônica e com maior incidência em populações com maior vulnerabilidade social. Diante desse cenário, o Ministério lançou, nesta terça-feira (25), Dia Mundial da Malária, a campanha de conscientização sobre formas de prevenção e tratamento. Pela primeira vez, o lançamento foi feito na região amazônica, foco prioritário de combate à doença, no município de Ananindeua (PA).

Imagem/o quadro geral

Com o slogan “O combate à malária ocorre com a participação de todos: cidadãos, comunidade e governo”, a campanha visa alertar a população, profissionais de saúde e gestores sobre a prevenção, controle e eliminação da doença. A publicidade será veiculada em televisão, rádio, internet, redes sociais e outdoors a partir desta terça-feira (25) nos estados da região amazônica (AC, AM, AP, MA, MT, PA, RO, RR e TO). A campanha também será divulgada em carros e barcos de som, para que a informação chegue à população nos locais mais vulneráveis.

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Em 2022, segundo dados preliminares, foram registrados 129,1 mil casos no país, com redução de 8,1% em relação a 2021. Apesar da queda, o país não atingiu a meta estabelecida de máximo de 113 mil notificações para o número de casos casos autóctones, atingindo um resultado de quase 127 mil casos de contratação local. Em relação aos óbitos, o Brasil registrou 37 óbitos pela doença em 2019, 51 em 2020, 58 em 2021 e 50 óbitos em 2022.

A secretária de Vigilância em Saúde e Meio Ambiente, Ethel Maciel, durante a solenidade de lançamento, relembrou o decreto assinado pelo presidente Lula no último dia 17, que institui uma comissão interministerial da qual participam nove ministérios, com o objetivo de concentrar ações na eliminação da determinação social. “Isso muda muito o cenário, porque, como sabemos, a solução não está só na área da saúde. Então precisamos integrar várias secretarias do governo federal, para atingir esse marco importante para o nosso país, que será a eliminação da malária e de outras doenças. Também estamos criando, sob a liderança da ministra Nísia, um grupo de trabalho para a Amazônia Legal, onde trabalharemos em um plano estratégico específico para a região. Esse é um compromisso do Ministério da Saúde, nessas duas frentes, com o objetivo principal de preencher algumas lacunas, tanto na vigilância quanto na assistência. A região Norte precisa ser vista como de alta prioridade, para que possamos alcançar a equidade em saúde”, declarou.

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Tratamento

Todos os medicamentos para o tratamento da malária estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). Para o diagnóstico, o Ministério da Saúde distribuiu 171,9 mil exames, para atender estados da federação e Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI) até agosto. Outros 300 mil exames serão entregues em duas etapas ao longo de 2023. Neste ano, o SUS está preparado para atender mais de 800 mil pessoas com a doença, incluindo a malária grave.

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Casos no Brasil

No Brasil, 30 municípios concentram 80% dos casos da doença. considerando sozinho Plasmodium falciparum malária (espécie mais associada à malária grave), 16 municípios concentram 80% dos casos.

A malária é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Anopheles infectada com uma ou mais espécies de protozoários do gênero Plasmodium. Apesar disso, a principal forma de combater e eliminar a malária é o diagnóstico oportuno e o tratamento completo. Dessa forma, os mosquitos não se infectam e o ciclo de transmissão é interrompido.

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O mosquito também é conhecido como carapanã, muriçoca, soco, mosquito cravo e barramundi. Esses mosquitos são mais abundantes ao entardecer e ao amanhecer. No entanto, eles mentem durante a noite.

Apenas os mosquitos fêmeas são capazes de transmitir a malária. Os locais preferenciais para os insetos transmissores da malária depositarem seus ovos (sítios de reprodução) são pontos com águas limpas, sombreadas e de baixo fluxo, muito comuns na Amazônia brasileira.

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