Duas semanas e meia antes do dia da eleição, as pesquisas presidenciais se mantiveram estáveis. UMA nova leitura do Datafolha, o mais renomado pesquisador do Brasil, mostra que pouco mudou no quadro geral.
Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente por dois mandatos, permaneceu estacionário em 45%, repetindo os números das duas pesquisas anteriores. Enquanto isso, o titular Jair Bolsonaro caiu de 34% para 33%.
Desde que o ex-ministro da Justiça Sergio Moro desistiu da disputa em maio (e a maioria de seus eleitores presumivelmente acorreu ao presidente), a mudança nos números das pesquisas dos dois principais candidatos foi de 3 pontos para Lula (48 a 45%) e 6 pontos para o Sr. Bolsonaro (27 a 33 por cento).
Em outras palavras: as curvas de votação estão mais planas do que nunca, em comparação com outras eleições.
A incapacidade de Bolsonaro de diminuir a distância com Lula e quebrar a marca de 30 anos pode sugerir que ele atingiu seu teto, apesar de injetar dinheiro na economia por meio de medidas de estímulo e benefícios sociais, levando o Congresso a contornar as regras.
Nem mesmo a melhora nos números macroeconômicos, que levou o governo a elevar suas estimativas de crescimento do PIB de 2% para 2,7%, ajudou Bolsonaro.
Para Lula, a nova pesquisa Datafolha também traz resultados preocupantes. Seus gastos com campanha (R$ 51,1 milhões – US$ 9,7 milhões) superam os de todos os concorrentes. E, no entanto, não moveu a agulha eleitoral em sua direção. A chance de uma vitória na primeira rodada parece menos provável a cada semana: ele está 3 pontos abaixo de seus concorrentes combinados.
O ex-presidente está tentando engajar os eleitores em uma votação tática, convencendo quem vota em Ciro Gomes (8%), Simone Tebet (5%) ou Soraya Thronicke (2%) a apoiar Lula e vencer o titular na eleição. redondo. .
Para isso, Lula busca implantar uma frente ampla para impedir a reeleição do antidemocrático Jair Bolsonaro.
Mas esse esforço é mais fácil dizer do que fazer. A proporção de eleitores que escolheram Ciro Gomes, mas considerariam mudar sua escolha no dia das eleições, caiu de 72% no final de maio para 52% agora. Gomes lançou uma contra-estratégia, dizendo que pedir uma votação tática é como desrespeitar as preferências dos eleitores.
Mas uma pressão dos eleitores para encerrar uma eleição já no primeiro turno seria sem precedentes. E Lula planeja lançar um bombardeio sobre esses eleitores. Do lado deles estão as taxas de rejeição maciça de Bolsonaro: 53% dizem que não votariam nele independentemente da situação, mais do que em qualquer outra reeleição promissora na história presidencial brasileira.