Pela segunda vez na semana, o Bahia terá que virar a chave e, por pelo menos 90 minutos, mais acréscimos, esquecer o mau momento que vive o Campeonato Brasileiro. Nesta quinta-feira (5), o tricolor entra em campo pela Copa Sul-Americana e tenta manter vivo o sonho de ir longe nas competições internacionais. Mas, para atingir esse objetivo, o elenco terá de superar algumas barreiras contra o peruano Melgar, às 21h30, na Fonte Nova.
De imediato, o Bahía começa o jogo em desvantagem, já que perdeu o primeiro jogo, em Lima, por 1×0. Assim, o tricolor deve vencer por no mínimo dois gols de diferença para avançar no tempo regulamentar, ou seja, devolver o placar do primeiro jogo para levar a decisão aos pênaltis. O primeiro desafio chega.
No cenário construído até agora, a Bahía 2020 terá que ser a exceção para evitar a regra do que foi a história tricolor na América do Sul. Das cinco vezes que perdeu a primeira partida do torneio, o elenco só conseguiu reverter a vantagem e se classificar em apenas uma.
Assim como neste ano, em 2018 o Bahia caiu para o Blooming por 1×0, na primeira mão da primeira mão. O duelo foi disputado em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia. Na volta, em Pituaçu, o tricolor goleou os bolivianos por 4 a 0 e conseguiu avançar da etapa.
Nas outras quatro partidas em que perdeu o primeiro jogo, ele eliminou amargamente. E ele tinha quase tudo. Em 2012, por exemplo, na primeira vez que disputou o torneio, o Bahia foi derrotado pelo São Paulo por 2×0, no Morumbi, e perdeu pelo mesmo placar no Pituaçu, ainda na primeira fase.
Um ano depois, em 2013, o time passou pela Portuguesa, na primeira fase, e enfrentou o Atlético Nacional, da Colômbia. No confronto em Medellín, a Bahia voltou após ter sido derrotada por 1×0, com gol contra o Diones. Na volta, na Fonte, Hélder marcou e o Bahia devolveu o placar por 1-0. Mas nos pênaltis o clube acabou eliminado.
A história do confronto com o Atlético Nacional se repetiu cinco anos depois. Em 2018, ele conheceu o Atlético-PR nas quartas de final. Em partida polêmica por intervenção do vídeo-árbitro, a Bahia acabou derrotada pelo time paranaense por 1×0, na Fonte Nova. O atacante Pablo marcou na ocasião.
De volta, na Arena da Baixada, nova partida polêmica com os tricolores reclamando da arbitragem. Mesmo assim, a equipe conseguiu devolver o 1×0 com gol de Douglas Grolli. Já nos pênaltis, cedeu ao Atlético, que avançou para as semifinais. Huracán seria campeão ao vencer Junior de Barranquilla na final.
No ano passado, mais decepção na estreia. Em duelo que o tricolor era considerado favorito, o Bahia caiu para o modesto Liverpool por 1×0 na Fonte Nova. Na volta, empate em 0 a 0 em Montevidéu.
ATENÇÃO NA DEFESA
Para quebrar esse histórico ruim, a Bahia terá que passar pelo segundo desafio: não sofrer gols. É importante relembrar que no Sula o gol marcado fora de casa conta como desempate. Portanto, será necessário redobrar a atenção no sistema defensivo.
Nos últimos 18 jogos, o Bahia não vazou apenas duas vezes. Sob o comando de Mano Menezes, em 11 jogos, apenas na vitória por 3×0 sobre o Vasco, o time não marcou gol. Por isso, o meio-campista Daniel pede que a equipe tenha inteligência.
“Sabemos que será um jogo em que queremos muito fazer o gol o mais rápido possível, mas também inteligência e tranquilidade porque não podemos, de forma alguma, deixar os meninos fazerem um gol, marcarem três. Temos que ter calma porque o gol pode vir aos 35 minutos do segundo tempo, aos 40 … temos que acreditar até o fim ”, disse.