Aqueles que esperavam ver uma baía diferente no segundo jogo da final da Copa do Nordeste ficaram decepcionados na noite de terça-feira (4). Diante do calmo Ceará, o tricolor voltou a mostrar futebol improdutivo, foi derrotado por 1×0 em Pituaçu e amargou outro vício no Nordestan, o quinto na história do clube e o segundo na gestão de Guilherme Bellintani.
O gol que confirmou o segundo campeonato do Ceará foi marcado pelo atacante Cléber, aos 15 minutos do segundo tempo. Na primeira mão, também em Pituaçu, o adversário venceu por 3-1.
Como em 2015, quando foi campeão da Copa do Nordeste pela primeira vez na própria Bahia, o Ceará levantou ‘Orelhuda’ e demonstrou superioridade ao vencer os dois jogos na final e com uma campanha invicta. Houve sete vitórias e cinco empates até o troféu ser levantado.
O título também garantiu o lugar direto do Ceará na rodada de 16 da Copa Brasil 2021.
Elenco do Ceará comemora título da Copa Nordeste |
Bahia presa
Apesar da expectativa dos torcedores tricolores em relação à equipe e de Roger ter tocado a equipe que iniciou o jogo com a entrada de Rossi na vaga até agora preenchida por Clayson no ataque, a mudança não teve efeito.
Com a desvantagem no placar e a necessidade de marcar pelo menos dois gols no Ceará para tomar a decisão da penalidade, a Bahia iniciou o jogo como esperado, pedindo responsabilidade. O tricolor, no entanto, voltou a apresentar as mesmas dificuldades que teve no primeiro jogo para furar a forte marca do Ceará. Tanto que as principais tentativas foram chutadas de fora da área.
O primeiro a arriscar foi Fernandão, em uma possibilidade remota que levou Fernando Prass a fazer uma boa parada. Na sequência, Gregore e Rodriguinho também tentaram, mas o mandaram embora.
Aos 22 minutos, uma jogada polêmica: Rodriguinho cruzou a área e Fernandão mandou o cabeçalho. A bola atingiu o braço de Fabinho e os tricolores continuaram pedindo penalidade. O VAR entrou em ação, exceto que os árbitros entenderam que o movimento era normal e ordenaram que o jogo continuasse. A Bahia foi repreendida.
Os jogadores de Bahía pediram um pênalti, mas o árbitro não deu |
O esquadrão continuou incapaz de conectar os movimentos. Com erros de passe no meio-campo, o tricolor começou a jogar bolas na área de maneira desordenada e também não teve sucesso no primeiro tempo.
Por outro lado, o Ceará teve um primeiro tempo calmo, tentando tirar a bola da Bahia e controlando o jogo quando eles possuíam. O alvinegro, no entanto, não assumiu riscos pelo gol de Anderson.
Punição no final
Sem tempo, Roger partiu para tudo ou nada. Ele voltou do intervalo com Nino no lugar de João Pedro e o atacante Clayson no lugar do zagueiro Lucas Fonseca. Também não ajudou.
Sob forte chuva em Pituaçu, a Bahia foi a mesma da primeira etapa: com erros de passe e muita dificuldade em se livrar da marca do adversário e criar jogadas.
O pênalti por mau desempenho ocorreu no minuto 15. À esquerda, Bruno Pacheco cruzou baixo e Cléber, apenas na área de pênalti, finalizou para as redes.
O resultado obrigou o tricolor a marcar três gols para garantir a decisão dos pênaltis. Não tem nenhum.
Rodriguinho não conseguiu criar movimentos perigosos a favor da Bahia |
Ficha técnica
Baía: Anderson, João Pedro (Nino Paraíba), Lucas Fonseca (Clayson), Juninho e Juninho Capixaba; Gregore, Flávio e Rodriguinho; Élber, Rossi (Marco Antônio) e Fernandão. Treinador: Roger Machado.
Ceará Fernando Prass, Samuel Xavier, Klaus, Luiz Otávio e Bruno Pacheco (Alyson); William Oliveira, Fabinho e Vinícius (Rafael Sóbis); Fernando Sobral, Leandro Carvalho (Mateus Gonçalves) e Cléber (Bergson). Treinador: Guto Ferreira.
Estádio: Pituaçu
Objetivo: Cléber, 15 minutos no segundo tempo
Cartão amarelo: Rossi, Fernandão, Rodriguinho, Gregore; Samuel Xavier, Luiz Otávio, Bruno Pacheco e Leandro Carvalho
Juiz: Caio Max Vieira, assistido por Jean Márcio e Flávio Barroca (trio do Rio Grande do Norte).