a Estados Unidos convencido de Armênia é o Azerbaijão uma respeite um cessar-fogo no conflito de Nagorno-Karabakh A partir desta segunda-feira, a diplomacia americana revelou neste domingo (25).
O subsecretário de Estado dos Estados Unidos, Stephen Biegun, se reuniu com chanceleres dos dois países inimigos no sábado. Representantes Rússia mim França também participou da mediação – ambos compõem o Grupo Minsk, que desde os anos 1990 tenta encontrar uma solução para o Nagorno-Karabakh.
A nota do governo dos EUA explica que o cessar-fogo entrará em vigor às 8h local (1h, horário de Brasília) de segunda-feira. Será a segunda tentativa de trégua: o acordo anterior, no início deste mês, não impediu novos confrontos entre as forças armênias e azerbaijanas.
Coluna de fumaça sobe após mais um bombardeio em Stepanakert, a maior cidade de Nagorno-Karabakh, neste sábado (24) – Foto: AP Photo
As tensões atuais em Nagorno-Karabakh, reconhecido internacionalmente como parte do Azerbaijão, mas controlado por separatistas armênios, começaram em 27 de setembro. Os dois países se acusaram mutuamente de atacar a população civil desde o início das hostilidades.
O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, se reuniu separadamente na sexta-feira com os ministros das Relações Exteriores da Armênia e do Azerbaijão, insistindo que eles “acabariam com a violência” para “proteger os civis”.
Por meio das redes sociais, o presidente Donald Trump celebrou a mediação dos Estados Unidos no acordo entre armênios e azeris.
“Parabéns ao primeiro-ministro armênio Nikol Pashinyan e ao presidente do Azerbaijão Ilham Aliyev, que acabaram de concordar em aderir a um cessar-fogo efetivo à meia-noite. Muitas vidas serão salvas”, escreveu Trump.
Conflito de Nagorno-Karabakh
Fogo atinge a cidade de Stepanakert, em Nagorno-Karabakh, nesta sexta-feira (23) após novos confrontos entre Armênia e Azerbaijão – Foto: AP Photo
Soldados azerbaijanos e forças separatistas pró-armênias que controlam Nagorno-Karabakh, uma região também conhecida como Artsakh, entraram em confronto em 27 de setembro. Foi a pior série de confrontos desde a guerra entre 1988 e 1994, quando dezenas de milhares de pessoas foram mortas na disputa territorial.
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As duas partes se acusaram mutuamente do início das hostilidades. O Azerbaijão tenta retomar o controle da região, que está formalmente em território azerbaijani, enquanto a Armênia quer manter o status de autonomia da área acordado desde a década de 1990 pelos países do Grupo de Minsk: Rússia, Estados Unidos e França.
Um padre reza neste sábado (24) em uma catedral da cidade de Shushi, em Nagorno-Karabakh, atingida por bombardeios no conflito entre Armênia e Azerbaijão – Foto: AP Photo
A Armênia acusa o Azerbaijão de atacar civis e edifícios religiosos. Uma catedral foi bombardeada na quinta-feira, ferindo dois jornalistas russos, segundo autoridades armênias.
Por um lado, os armênios afirmam que são a maioria étnica e, por causa da autodeterminação dos povos, têm o direito de controlar o Nagorno-Karabakh. Por outro lado, os azeris entendem que também possuem aquela região como parte do território histórico do Azerbaijão.
Saiba mais sobre o conflito de Nagorno-Karabakh no VÍDEO abaixo
5 pontos para entender os confrontos entre Armênia e Azerbaijão
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