Após 5 anos, estratégia de realocação no Brasil beneficia mais de 100 mil venezuelanos

Genebra – A estratégia do Brasil de realocar voluntariamente refugiados e migrantes venezuelanos do estado fronteiriço de Roraima para outras cidades brasileiras beneficiou mais de 100 mil pessoas desde que foi lançada, há cinco anos, segundo o Ministério do Desenvolvimento Social e Assistência, Família e Combate à Fome em Brasil.

Esse total representa quase um quarto dos 425 mil venezuelanos que vivem no Brasil. Indivíduos e famílias foram realocados de Roraima para mais de 930 cidades em todo o imenso país, onde podem encontrar melhores oportunidades para melhorar significativamente sua qualidade de vida, dar uma maior contribuição, alcançar autonomia e integração. Mulheres e crianças representam aproximadamente 80% dos beneficiários.

Uma pesquisa de 2.000 venezuelanos que participaram da iniciativa em 2021 constatou que eles tiveram melhor acesso a empregos formais, moradia e programas educacionais depois de serem realocados e oito em cada dez adultos encontraram emprego ou iniciaram seus próprios negócios.

“A estratégia de realocação garante proteção e inclusão, proporcionando meios efetivos para os venezuelanos no país recomeçarem suas vidas com dignidade”, disse Davide Torzilli, representante do ACNUR no Brasil. “Baseada na estreita colaboração entre várias instituições e organizações, a estratégia representa uma solução eficaz e um modelo para a região e além.”

Antes de seguirem para outras cidades, os venezuelanos que participarem voluntariamente da estratégia de realocação recebem a devida documentação, incluindo carteira de trabalho nacional e inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF). Estão também devidamente vacinados de acordo com o calendário nacional de vacinação.

“Fortalecer e melhorar a inclusão por meio da estratégia de realocação é crucial para aqueles que decidiram ficar no Brasil”, disse o chefe da missão da OIM no Brasil, Stéphane Rostiaux. “Com o apoio dos governos locais, organizações da sociedade civil e do setor privado, é possível promover uma inclusão duradoura, que permite aos venezuelanos quebrar estereótipos, criar soluções e contribuir para o desenvolvimento das comunidades de acolhimento”.

A estratégia, conhecida como “internalização”, foi lançada em 2018 como parte da Operação Acolhida, uma resposta humanitária do governo brasileiro à chegada de refugiados e migrantes venezuelanos. Ele oferece uma linha de vida e promove a integração, ajudando as pessoas a encontrar novas oportunidades de trabalho ou a se reunir com familiares ou amigos em outras partes do país.

A estratégia de realocação e a Operação Acolhida contam com o apoio da Plataforma de Coordenação Interinstitucional para Refugiados e Migrantes da Venezuela (R4V), codirigida pela Organização Internacional para as Migrações (OIM) e o ACNUR, Agência da ONU para Refugiados, com a participação de 55 organizações da sociedade civil e outras agências da ONU no Brasil. Os municípios que recebem os venezuelanos realocados também apoiam a iniciativa.

Para mais informações entre em contato:

No Panamá:

Gema Cortés, IOM, [email protected] +507 62694574
William Spindler, ACNUR, [email protected] +507 6382 7815
Luiz Fernando Godinho, ACNUR, [email protected] +507 6356 0074

No Brasil:

Juliana Hack, IOM, [email protected] +55 61 37713772
Miguel Pachioni, ACNUR, [email protected] +55 11 98875 3256

Em Genebra:

Diego Pérez Damasco, IOM, [email protected] +41 795 827 235
Olga Sarrado Mur, ACNUR, [email protected] +41 797 402 307

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