Ao Mercosul, Bolsonaro diz que as diferenças ficaram no passado e fala em agir com ‘pragmatismo’ | Política

Presidente Jair Bolsonaro Ele disse nesta quarta-feira (16) que as desavenças entre os países do Mercosul devem “ficar de fora”, pois, segundo ele, “pertencem a um passado já superado”.

Em sua intervenção na 57ª edição da cúpula de dirigentes do bloco, formada por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, declarou que, em 2020, o Mercosul atuou “com flexibilidade e pragmatismo” em busca da convergência e defendeu que assim fosse manter-se. o próximo ano.

Devido à nova pandemia de coronavírus, o encontro foi realizado por videoconferência.

Para os demais chefes de estado, Bolsonaro disse estar preocupado com o “ressurgimento” de “obstáculos específicos” entre os países, que podem dificultar o trabalho de integração e desenvolvimento regional do bloco.

“Na arena comercial, não posso deixar de expressar minha preocupação com o ressurgimento de obstáculos específicos entre os Estados Partes. Devemos colocar de lado essas divergências, que pertencem a um passado que agora acabou “, disse Bolsonaro.

O presidente defendeu o trabalho coordenado entre os países para não serem “superados” por outros blocos econômicos com objetivos semelhantes. “Queremos estar nas fileiras e não na mochila do desenvolvimento”, acrescentou.

Bolsonaro elogiou o trabalho do Mercosul, em questões como a revisão da tarifa comum, mesmo durante a pandemia.

Segundo ele, as diferenças entre os governos nas agendas econômicas dos países “não levaram a um beco sem saída que pudesse comprometer o avanço de nossa agenda comum”.

“A busca de consenso no Mercosul não significou inércia ou estagnação. Atuamos com flexibilidade e pragmatismo para que nossos pontos de convergência prevaleçam sobre nossas diferenças. É o que continuaremos fazendo em 2021 ”, afirmou.

O encontro virtual marcou a passagem do comando rotativo do Mercosul do Uruguai para a Argentina. Bolsonaro e o presidente argentino Alberto Fernández realizam buscas desde a campanha eleitoral do país vizinho em 2019.

Bolsonaro afirmou mais de uma vez que a Argentina corria o mesmo risco que a Venezuela, que há anos vive uma crise social, econômica e política.

Presidente argentino Alberto Fernández fala na cúpula do Mercosul – Foto: Isac Nóbrega / PR

No mês passado, porém, Bolsonaro e Fernández tentaram uma pacificação. Os dois presidentes tiveram um primeiro encontro bilateral, por vídeo.

Na quarta-feira, Bolsonaro deu “votos” exitosos a Fernández à frente do bloco e disse que seu colega poderia contar com a “disposição” do Brasil em manter o “alto nível de diálogo regional”.

Falando da nova pandemia do coronavírus, Bolsonaro disse que 2020 foi um “ano totalmente atípico” e que o sucesso do Mercosul deve ser medido “pela resiliência e perseverança” do bloco e dos governos “em salvar vidas e proteger nossas economias”.

Bolsonaro disse que ficou “orgulhoso” ao perceber que o bloco colaborou nos esforços para facilitar o combate à pandemia e deu como exemplo a liberação de recursos para a compra de equipamentos e testes da Covid-19.

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