Fluminense comemora gol de Dodi contra o Vasco – Foto: André Durão / ge
O Fluminense chegou ao primeiro gol na largada do clássico, com um chute de Dodi, que ganhou mil reais ao volante de aposta com o técnico Odair Hellmann e também coroou seu bom momento. Mas, mesmo com a vantagem no placar, o Tricolor não desistiu. Ele estava seguro na marca e chegou em perigo algumas vezes, chegando mais perto de expandir do que sofrer o empate.
Na segunda etapa, o cenário mudou um pouco: o Vasco começou a crescer e a aumentar a posse de bola, mas sem ameaçar o gol de Marcos Felipe, ponto de partida de Muriel, que ficou de fora por desconforto muscular. Para Odair, a queda na produção foi devido ao desgaste físico e rasgo em meio ao cronograma apertado:
– Fizemos um primeiro tempo excelente, o Vasco tentou equilibrar a partir de 25, 30 minutos, talvez. Marcamos gols e criamos mais duas ou três situações. No segundo tempo, a equipe caiu um pouco, porque não segurou muito a bola, mas sim pela situação sequencial – disse o treinador em entrevista coletiva pós-jogo.
O Fluminense ampliou em um momento mais discreto do jogo: Ganso deu um bom passe para Fred, que marcou um lindo gol, o primeiro quando voltou ao clube. A equipe também viu o Talles Magno diminuir, após besteiras de Egídio e Marcos Felipe, que espalharam no pé do atacante. A equipe, porém, conseguiu segurar o resultado e saiu do Maracanã com bons motivos para comemorar, e claro, a vitória.
Fred comemora gol com Ganso no Fluminense x Vasco – Foto: André Durão
Mas quais são os principais pontos dessa evolução do Fluminense no campo?
- Dodi: Já não é novidade que o meio-campista se tornou o “dono” do meio-campo tricolor. Consistente na pontuação, é também o protagonista nas transições ofensivas, sendo o “pequeno motor” da equipa. Odair o acertou como titular na semifinal da Taça Rio contra o Botafogo;
- Michel Araújo é outro jogador que merece destaque. O treinador também viu um bom papel para o uruguaio, que ajuda a dar ritmo à equipe. A vaga, antes, era Iago, que tornava a equipe menos criativa e mais lenta;
- Posicionamento de Nenê: antes de ser “encaixotado” pela direita, o veterano voltou a jogar com mais liberdade, flutuando pelo ataque tricolor. Não foi em vão que ele se destacou novamente.
- Yuri também se encaixava bem. O meio-campista ganhou uma chance com a lesão de Hudson e alinhou com Dodi. Torna a função mais marcada e segura;
- Marcos Paulo cresceu contra o Vasco. O atacante parecia desconectado nos últimos jogos, mas se saiu bem no clássico deste sábado, voltando a jogar o que se espera dele. Seu posicionamento, assim como o de Nenê, chamou a atenção. Atuou com mais liberdade e perto do gol, de frente para o goleador, como costuma fazer melhor;
- Muitas vezes questionado, Ganso também merece ser lembrado. Titular contra o Atlético-PR, o meia teve atuação regular e voltou a entrar bem contra o Figueirense e o Vasco: iniciou o jogo na terça-feira que terminou em pênalti em Yago e, neste sábado, auxiliou Fred.
Odair Hellmann Fluminense x Vasco Maracanã – Foto: André Durão / ge
O time, claro, ainda pode melhorar, mas com certeza já tem outro futebol em relação ao visto contra Grêmio e Palmeiras, por exemplo, nas duas primeiras rodadas do Brasileirão. Sem tempo para treinar, mas baseado na conversa e no bom relacionamento com o grupo, Papito tem conseguido tirar o melhor proveito de suas peças individuais e dar mais consistência ao grupo.
Com 10 pontos, o Fluminense volta a campo na quarta-feira, às 19h15 (de Brasília), para enfrentar o Atlético-GO, no Maracanã. A partida será válida pela sétima rodada do Campeonato Brasileiro.