O domingo (8) terminou com o sabor amargo da eliminatória para o Ceará. O ponto conquistado deu ao time uma sequência de seis jogos sem perder, mas deixa a sensação de que uma importante vitória foi desperdiçada na sequência. Sem agir mal e com o melhor, o avô sentiu as ausências, e encontrou no Sport o reflexo de uma bola de futebol já apresentada em um passado não tão distante.
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Imediatamente, Ceará soube que não sabia contar Fabinho, Leandro Carvalho e Luiz Otávio, interrompido. Para aumentar as ausências, mais dois seriam adicionados à conta após o teste positivo para Covid-19: Eduardo Brock e Vina. O zagueiro e o meio-artilheiro ficarão de fora por pelo menos dez dias. Com as baixas, o Alvinegro entrou em campo com: Fernando Prass, Samuel Xavier, Tiago, Klaus e Alyson; Pedro Naressi, Charles e Felipe Silva; Fernando Sobral, Léo Chú e Cléber.
O rival também teve baixas importantes e chegou à Arena Castelão com o objetivo de somar pontos. Para isso, o Sport tentou imediatamente fechar os espaços. A linha de marca mais baixa tinha cinco zagueiros, e a segunda, mais próxima do meio-campo, com quatro. Com nove jogadores na defesa, o Ceará lutou. A bola simplesmente não era ameaçadora.
Ceará x Esporte – Foto: Thiago Gadelha / SVM
Fernando Sobral na esquerda e Léo Chú na direita tentaram passar a bola para Cléber. Felipe Silva, com a missão de substituir Viña, não soube definir. Nem mesmo a bola aérea surtiu efeito: Luan Polli praticamente ficou sentado assistindo ao jogo concentrado em marcar x tentativa de ataque. Na primeira etapa, o sonho foi o grande protagonista.
Guto sabia que era necessário mover o jogo. Para isso tirou Léo Chú e colocou Saulo Mineiro no segundo tempo. Depois de dez minutos, a camisa 73 enviou o post do Sport. Esse foi o melhor final de todo o jogo.. Contra um adversário passivo e com a proposta de se defender sozinho, o Ceará se manteve no ataque, mas pecou nas conclusões. Nada funcionou.
Eles também entraram Felipe Vizeu, Lima, Wescley e Ricardinho. O movimento era perceptível, mas ainda não havia perigo. O esporte montou uma raia, impediu mais jogadas e comemorou cada bola à distância, e os cearenses assistiram o tempo passar sem emoções mais firmes. A expectativa de um segundo tempo mais animado acabou com o apito final. Um calor de 0 a 0 que deixa problemas para Guto Ferreira.
Ceará x Esporte – Foto: Thiago Gadelha / SVM
O “nó tático” do oponente
Nas duas vitórias sobre o Fortaleza, na Copa do Nordeste e na Série A, e na vitória contra o Flamengo também no Brasileirão, o termo “nó tático” foi usado para definir a estratégia cearense contra os rivais. Uma equipe reativa que aproveita a bola morta e os contra-ataques para definir. Contra o esporte, o avô sentia a mesma base na pele.
Como comenta Guto Ferreira –que treinou a equipe pernambucana antes de chegar ao Ceará– A proposta de Leão da Ilha foi a mesma que o Atlético-MG adotou– Marcação forte e, se possível, contra-ataques. Na Arena Castelão, Fernando Prass nem mesmo foi demitido por perigo, e o “nó tático” da defesa rubro-negra tornou as jogadas ofensivas do avô inoperantes. A estratégia surtiu efeito.
Estatísticas esportivas do Ceará 0 x 0
- Posse de bola: 52% x 48%;
- Acabamentos: 26 x 4;
- Pontuação: 6 x 1;
- Aprovado: 419 x 391;
- Passes certos: 347 (83%) x 299 (76%);
- Viagem: 16 x 12;
- Interceptações: 13 x 15;
- Cortes: 10 x 23.
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Guto Ferreira, técnico do Ceará – Foto: Thiago Gadelha / SVM
O desempenho de Felipe Silva não comprometeu a equipe, mas a missão do jogador era substituir Viña, maior goleador do ano cearense com 15 gols e o maior número de assistências, realizando 12 passes. Com Covid-19, mas assintomático, o meio-campista está afastado há dez dias.
Sua ausência foi sentida por 90 minutos. É verdade que Felipe Silva é mais rápido que Viña, mas a camisa 29 define mais jogadas e ameaça mais o gol rival. Sem ele, o Ceará perderá a referência ofensiva e terá que resolver o problema contra o Palmeiras.
A partida contra o Verdão paulista acontecerá nesta quarta-feira (11), às 16h30, no Allianz Parque, e é válida pela primeira mão das quartas de final da Copa do Brasil. Para equilibrar ausências importantes, Guto Ferreira terá de devolver o título a alguns jogadores ausentes frente ao Sport, e partir em busca da décima vitória nas oitavas de final do ano.