“Alguns shopping centers já estão vendendo cerca de 80% em relação ao ano passado”, diz o CFO da Iguatemi

SÃO PAULO – Com mais de R $ 1 bilhão em dinheiro, o Iguatemi (IGTA3) acredita que o pior da crise está para trás e vê uma melhora na receita de seus shopping centers no terceiro trimestre deste ano.

Em viver fazer InfoMoney Nesta quarta-feira (5), Cristina Betts, diretora financeira do grupo, disse que alguns dos shoppings da rede já possuem um nível de vendas internas de 80% em relação ao mesmo período do ano passado.

Dos 16 projetos administrados pelo Iguatemi (dois pontos de venda e 14 shopping centers), 12 já retomaram suas atividades parciais, com restrição de tempo. A expectativa é que tudo reabra até o final deste mês.

Segundo Cristina, o esforço da Iguatemi em apoiar os inquilinos foi essencial para que o grupo pudesse superar a crise com o menor impacto negativo possível. Entre as medidas, ele destacou o desconto no aluguel para locatários, que pagará a taxa de março apenas em outubro, e o esforço para expandir a plataforma de vendas on-line do Iguatemi 365.

“Já ligamos para o 365, nosso décimo sétimo shopping center. Hoje, temos 280 marcas na plataforma, mas incluímos de quatro a cinco novas marcas por semana, é um ritmo muito rápido. E o bom é que não temos limites. Alguns parceiros nem sequer têm lojas físicas em nossos shoppings, mas fazem parceria conosco no 365 “, disse ele.

O executivo também destacou o esforço de redução de custos da empresa, que incluiu reduzir a zero a provisão de bônus para os funcionários da holding, reduzir serviços de terceiros e alterar a forma de remuneração para os acionistas.

“Foi a primeira vez que isso aconteceu, a mudança na política de pagamento de dividendos. Esperávamos pagar R $ 150 milhões este ano, mas alteramos a remuneração para os acionistas para um mínimo de 25% do lucro em relação ao ano anterior de 2019, que é de aproximadamente R $ 74 milhões. É temporário e imagino que pagaremos mais do que o mínimo no próximo ano “, afirmou.

A companhia revelou um lucro líquido de R $ 43,6 milhões no segundo trimestre deste ano, uma queda de 23% na comparação anual. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) caiu 16,5%, para R $ 114,9 milhões. Enquanto isso, a receita caiu 14,3%, para R $ 160,9 milhões.

Embora os números tenham sido negativos, os analistas de mercado avaliaram alguns pontos positivamente, como a leve queda na alavancagem (dívida com o Ebitda) para 2,66 vezes. Além disso, a taxa de ocupação dos shopping centers Iguatemi permaneceu em alto nível.

“Temos 3.300 inquilinos no grupo e, desse total, apenas 100 tiveram problemas financeiros que terminaram em um contrato, com o fechamento de seus estabelecimentos”, afirmou Cristina. O executivo mencionou ainda que o Capex do grupo é seco e que apenas a construção de um prédio comercial é mantida na região de Campinas.

“No caso de uma segunda vaga do Covid-19, que não queremos e acreditamos que não acontecerá, teríamos mais custos de redução, como gastos anuais com reformas de shopping centers, por exemplo”, afirmou. Confira o show inteiro acima.

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