SOLEDADE, Brasil, 12 Jan (Reuters) – Os produtores de soja do sul do Brasil estão se recuperando de uma seca prolongada que, segundo alguns, acabará com até 90% de sua safra em alguns campos, a menos que as perspectivas mudem em breve.
Nas regiões produtoras de soja do Rio Grande do Sul, o primeiro estado brasileiro a plantar soja comercialmente e ainda o segundo maior produtor de soja do país, os agricultores estão preocupados com plantas atrofiadas e folhas murchas.
“Esta soja deve ter 50 centímetros de altura”, disse à Reuters Nélio Lando, produtor de Soledade, enquanto inspecionava seus campos. “Não tem nem 8 polegadas de altura, então não vai produzir nada.”
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O calor insuportável e a seca em dezembro levaram vários analistas privados a reduzir suas estimativas para a produção de soja do Brasil este ano em cerca de 10-11 milhões de toneladas para cerca de 133-134 milhões de toneladas. A agência governamental de safras Conab tem sido mais conservadora, mas também cortou sua previsão na terça-feira para o maior produtor e exportador de soja do mundo.
Alguns analistas sugeriram que as fortes chuvas em outras partes do Brasil, incluindo o estado de Mato Grosso, com maior produção, poderiam compensar parcialmente as perdas no sul árido.
Mas para os agricultores do Rio Grande do Sul, a perspectiva é terrível. As proximidades do Paraguai e da Argentina estão assando sob uma onda de calor recorde que agora atinge o Brasil. leia mais {nL1N2TL2OV]
“A situação é irreversível”, disse Luis Fucks, produtor de soja e vice-presidente do grupo de agricultores Aprosoja no estado. “É tudo muito parecido com 2012, a pior safra da nossa história.”
Fucks estimou uma perda média de 35% para a safra de soja no noroeste do Rio Grande do Sul, onde está localizada sua fazenda. Todo o estado pode colher apenas 15 milhões de toneladas este ano, disse ele, abaixo da previsão inicial de 21 milhões de toneladas.
Anderson Soletti, un agricultor de Espumoso, también en la región noroeste del estado, dijo que un agente de seguros estimó que recolectaría solo seis sacos de soya de 60 kilos por hectárea, en comparación con los 60-65 sacos por hectárea en la región el ano passado.
As últimas chuvas boas caíram lá em outubro, lembre-se.
Esperançosamente, disse ele, os agricultores próximos que esperaram até dezembro para plantar possam esperar obter metade do rendimento do ano passado, supondo que as chuvas fortes cheguem em breve e durem até março.
“Para este campo não há outra solução”, disse Soletti, apontando para a previsão de chuvas abaixo da média nas próximas semanas.
Ele é um dos 140.000 agricultores do estado afetados pela seca, de acordo com a Emater.
Alguns terão que replantar seus campos, disse o diretor da Emater, Alencar Rugeri, citando perdas relatadas de até 30% em algumas propriedades no estado.
No entanto, o resto da estação chuvosa será crucial.
“Tivemos uma seca nessa época do ano passado e colhemos uma excelente safra de soja”, disse. “Mas se não chover em janeiro e fevereiro, os agricultores não terão nada.”
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Reportagem de Diego Vara em Soledade e Ana Mano em São Paulo Editado por Brad Haynes e Tomasz Janowski
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