ACS vende suas redes elétricas no Brasil para sua sócia Brookfield

A ACS fechou acordo com o fundo canadense para transferir suas duas últimas linhas de transmissão em operação no Brasil, as chamadas Giovanni Sanguinetti e Vereda, segundo El Economista. Esses ativos ficaram de fora da venda do negócio de serviços industriais para a francesa Vinci, processo que se encerrará em dezembro.

A ACS concordou em transferir para a Brookfield, sua sócia nas redes de energia elétrica no Brasil, sua participação de 50%, por meio de sua subsidiária Cymi, nestes dois ativos, que têm uma extensão total de 886 quilômetros e estão em operação. Assim, uma vez recebidas as autorizações correspondentes, o fundo canadiano ficará com 100% das duas infra-estruturas, à semelhança do que fez nos primeiros meses deste ano com a linha José María de Macedo da Electricidade, da qual adquiriu 50% do grupo dirigido por Florentino Pérez.

Giovanni Sanguinetti Transmissora de Energía é concessionária de uma rede elétrica de 435 quilômetros que atravessa os estados do Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte, no Nordeste do Brasil, e três subestações. O contrato de construção, operação e manutenção foi adjudicado em 2017, com prazo de concessão de 30 anos, até 2047. O projeto já começou a operar parcialmente.

Já a Veredas Transmissora de Eletricidade é concessionária de uma linha de transmissão de energia de 451 quilômetros que cruza os estados de Minas Gerais, Goiás e Bahia, no centro do país, e três subestações. O contrato de concessão vai até 2047.

A ACS, por meio da Cymi e da Cobra, firmou parceria com a Brookfield anos atrás para fazer uma divisão de 50-50 em vários projetos de construção, operação e manutenção de linhas de transmissão de energia e subestações no Brasil. O negócio incluiu uma opção para o fundo de infraestrutura comprar a participação do grupo espanhol assim que a construção for concluída.

Ambas as firmas assumiram os três projetos mencionados -Giovanni Sanguinetti, Veredas e José María de Macedo- que a ACS excluiu, junto com outras concessões, do acordo de venda do negócio de serviços industriais à Vinci na primavera passada. Junto com eles, o grupo espanhol também adquiriu 50% da Brilhante Transmissora de Energias I e II, empresas responsáveis ​​pela construção e operação de uma rede de transmissão de 444 quilômetros em Goiás e uma subestação em Mato Grosso do Sul. Meses atrás, A ACS transferiu 50% do projeto para a parceira Celeo Redes Brasil, propriedade da Elecnor e APG. No verão, também concordou em vender 100% da Sete Lagoas Transmissora de Energia, operadora de uma subestação em Minas Gerais, para a brasileira Cemig.
No final de 2020, a ACS, por meio da Cymi e Cobra, que será adquirida pela Vinci, também participou junto com a Brookfield no Brasil na construção das redes Mantiqueira, Sertaneja e Chimarrao, com 2.742 quilômetros de extensão.

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