Por Sabrina Valle
HOUSTON: A Exxon Mobil Corp acredita que seus investimentos offshore no Brasil ajudarão a empresa a atingir a meta de reduzir as emissões de carbono em sua produção de petróleo e gás, disse o Country Chief Juan Lessmann na quarta-feira.
O conselho da Exxon está considerando se comprometer a reduzir as emissões de carbono a zero líquido até 2050 em meio à pressão de grandes investidores para tratar das preocupações com as mudanças climáticas. Anteriormente, ele prometeu reduzir a intensidade de suas emissões da produção de petróleo e gás em 15-20% até 2025.
“Esse é o foco agora: reduzir as emissões”, disse Lessmann em evento organizado pela Câmara de Comércio Brasil-Texas. “O Brasil oferece uma grande oportunidade para isso.”
Nos últimos quatro anos, a Exxon se tornou a segunda maior proprietária offshore do Brasil, depois da estatal Petróleo Brasileiro SA. A maior empresa dos Estados Unidos adquiriu mais de 20 blocos e lista o país sul-americano como uma de suas principais áreas de expansão. Lessmann disse que o petróleo bruto de campos offshore conhecidos como pré-sal gera menos emissões por barril devido à sua maior qualidade e à tecnologia de produção empregada. O Brasil está organizando duas rodadas de petróleo este ano, a primeira em outubro sob o modelo de concessão. Em dezembro, o país vai oferecer dois blocos em regime de cessão de direitos, nos quais os produtores dividem parte da produção com o governo.
Lessmann não comentou sobre a possível participação da Exxon nas duas rodadas.
Os blocos em oferta, Sepia e Atapu, foram disponibilizados pela primeira vez em 2019 em um leilão de petróleo que fracassou depois que empresas, incluindo a Exxon, não conseguiram fazer uma oferta.
Desde então, o órgão regulador do petróleo brasileiro, conhecido como ANP, cortou os preços das licitações e melhorou as condições.
Os quatro blocos em sua área de cessão de direitos, Sépia, Atapu, Itapu e Búzios, poderão atingir uma produção total de 1,6 milhão de barris de óleo e gás por dia em 2030, afirmou no mesmo evento o chefe do órgão regulador do óleo do Brasil, Rodolfo Saboia.
Leia também: