O mundo está tentando se adaptar a esse momento da pandemia de coronavírus, mas reflete a instabilidade do mercado financeiro. Por isso, a revista American Playboy lança a versão impressa mais recente, a 66ª edição, de acordo com Ben Kohn, CEO da publicação. Uma decisão foi tomada devido à situação atual, mas a revista já estava lutando após a morte em 2017 de seu fundador, o milionário Hugh Hefner.
Em comunicado oficial, Kohn diz que a decisão já estava sendo considerada. “Quando a pandemia parou de produzir conteúdo, fomos forçados a acelerar a conversa sobre a transformação do produto”. E então a última opção veio. “Decidimos que a edição da primavera de 2020, que chegará às bancas americanas e como download digital esta semana, será nossa publicação impressa no final do ano nos Estados Unidos”.
Fundada em 1953 pelo excêntrico Hugh Hefner, a Playboy é reconhecida há muito tempo como sinônimo de revistas masculinas em todo o mundo e, desde o início, desafiou e chocou a sociedade ao associar mulheres nuas ao modo de vida americano. Em meados da década de 1950, Hefner publicou fotos nuas de Marilyn Monroe e trouxe, em seu editorial, um texto picante cheio de humor e sofisticação. Era uma época em que esse tipo de publicação era proibido para adolescentes, por isso se tornava uma espécie de Bíblia para homens.
Além de fotos de belas mulheres nuas e textos ousados, suas entrevistas com nomes de renome mundial foram outro grande atrativo. Nomes como Fidel Castro, Frank Sinatra, Marlon Brando, ex-presidente dos EUA Jimmy Carter e até John Lennon, em 1980, pouco antes de ser assassinado. Aqui no Brasil, a Playboy sempre teve rostos familiares na revista. cobre.
A primeira edição foi publicada em 1975, encerrando sua vida 40 anos depois, com 487 edições, com uma sobrevivência entre 2016 e 2017. Nos seus melhores anos, seu desempenho foi invejável em circulação e vendas. Em dezembro de 1999, por exemplo, a edição com a brasileira Joana Prado, Feiticeira, na capa, vendeu 1,2 milhão de cópias. Entre os nomes responsáveis pelas fotos estavam Bob Wolfenson, J.R. Duran, Marcio Scavone e Luis Crispino. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.