O artilheiro Cano parou de marcar e a defesa, antes uma fortaleza, começou a vazar. Este é o resumo da má fase do Vasco, que após o 3-0 sofrido pela Bahia chegou à marca de seis jogos sem vitória (dois deles na Copa do Brasil), com sete bolas na rede apenas de Fernando Miguel nos últimos dois jogos. do Brasileirão.
Diagnosticar as razões do pior momento de Ramón Menezes no clube, porém, é um pouco mais complexo. Erros de gestão, do próprio treinador e dos jogadores, uma queda na procura do sistema defensivo e uma confiança abalada. Tudo em um contexto que levanta dúvidas sobre o futuro do trabalho, a partir deste sábado, o clássico contra o Flamengo, em São Januário.
Miranda cai e Talles lamenta: Vasco era presa fácil da Bahia em Salvador – Foto: Felipe Oliveira / CE Bahia
Até domingo, quando levou o Atlético-MG por 4 a 1, o Vasco tinha a terceira melhor defesa do campeonato. 11 gols sofridos. Com os resultados das partidas de Belo Horizonte e Salvador, o número subiu para 18 (os melhores 14), e a equipe passou a ter saldo negativo de um e caiu para a 10ª colocação. A cada erro vale a pena formar uma coleção.
1º objetivo: erro individual e coletivo
No primeiro gol do Bahia, de Rossi, Fernando Miguel chutou a gol. Ele jogou a bola em um espaço onde não havia parceiro. Erro individual. Juninho Capixaba dominou e construiu o jogo. Clayson recebeu da esquerda, passou Pikachu e cruzou, revelando um erro coletivo. Foram seis Vasco da Gama na área contra três tricolor. Destaque três: Ricardo Graça deslocado, Castan derrotado e Henrique permitindo a Rossi antecipar o gol. Posicionamento incorreto.
Defensiva equivocada do Vasco no gol de Rossi – Foto: Playback
2º gol: marcado envolvido
Gilberto completou o pivô de Ernando, que passou como queria através de Bruno Gomes, para colocar o 2 a 0. Foi um erro individual do volante, mas também coletivo, afinal, a camisa 9 rival foi compensada e finalizou sem marcação para coloque 2 a 0.
Os marcadores do Vasco se aposentam e deixam Gilberto livre para finalizar – Foto: Reprodução
3º objetivo: a recomposição deixa a desejar
Na terceira, Clayson chutou totalmente livre, afinal, Vinícius não fez o rearranjo defensivo da direita, aliás, quase nunca faz. Antes, porém, Miranda (que entrou no lugar do ferido Ricardo) saiu da área e deu o pote errado a Gilberto. Pikachu, tentando se cobrir, se virou mal. Eles então ofereceram a bola para Clayson.
Vinícius não acompanha Clayson, que está livre para marcar pelo Bahia – Foto: Reprodução
Falhas individuais e coletivas mostram um revés defensivo. Como os adversários estudavam o Vasco e as trocas de atletas eram necessárias, o time desabou. Se os atletas não mantiveram o nível do início do campeonato, o treinador também não conseguiu melhorar o bem e / ou buscar novas soluções.
– Se você está perdendo nas rodadas, foi muito difícil marcarmos. Portanto, não é normal você marcar sete gols em dois jogos. Passamos por um momento difícil e eu, no meu trabalho, (eu entendo isso) perdi todo mundo. Vitória, todos ganham. Acho que quando marcamos gols, não reagimos. E aí você passa para o seu adversário – disse Ramón.
Ramón Menezes orienta os jogadores do Vasco na derrota para o Bahia – Foto: AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA / ESTADÃO CONTTEÚDO
O 3-0 foi facilmente construído no primeiro tempo, já que o Vasco também não ameaçou o rival. Ele criou uma peça única, que culminou na expulsão de Marcos Junior. Foi muito fácil marcar o time carioca, que ficou sem Andrey, Juninho e Benítez. Bruno Gomes e Fellipe Bastos, os outros homens do meio, não construíram nada ofensivo.
Mano Menezes colocou o Bahia em duas linhas de quatro, bastante compactas. Ele tirou espaço para as corridas Talles e Vinícius, que acabaram sendo zero dígitos. E aí o Vasco acabou. Era previsível. Não houve vitória pessoal ou trabalho coletivo. Chegou a hora de Ramón procurar outra forma de atacar porque quando a bola não chega a Cano nada se faz. E olha, o argentino está com fome: só conseguiu finalizar uma vez e a seca aumentou, ele não marca desde 13 de setembro em 3 a 2 sobre o Botafogo. Assim como a busca por novos reforços é urgente, afinal, a lista formada pela liderança do presidente Alexandre Campello tem limitações e lacunas e as constatações feitas não surtiram efeito.
No segundo tempo, com a entrada de Gabriel Pec, Carlinhos e Cayo Tenório, o Vasco melhorou. Pouco. Até porque a Bahia abrandou. No entanto, ele continuou sem entrar na área rival. Pikachu foi em frente, o que parece ser tendência para o sábado, mas nada mudou. Os chutes de média distância se tornaram a arma basca. Pouco para reverter a situação em Salvador, provavelmente pouco para enfrentar o vice-presidente neste fim de semana.