O presidente Jair Bolsonaro disse na quinta-feira 19, no tradicional show semanal no Facebook, que ainda está trabalhando em um acordo sobre o fechamento de fronteiras com o Uruguai. Usando uma máscara cirúrgica e apenas o tradutor brasileiro de língua de sinais (Libras) ao seu lado, o presidente disse ter certeza de que será um acordo “muito bem adaptado” com o presidente uruguaio Luis Lacalle Pou. “Não estamos fechados apenas com o Uruguai, concordamos em fazer algo que interessa aos dois países”, afirmou.
Nesta quinta-feira, o governo federal ordenou o fechamento das fronteiras terrestres com a Argentina, Bolívia, Colômbia e Guiana Francesa; Guiana, Paraguai, Peru e Suriname. A medida foi publicada em uma edição adicional do Diário Oficial da União. A determinação não afeta o movimento de mercadorias. “Essas foram medidas de fechamento que ajudam a impedir uma pequena entrada de pessoas possivelmente infectadas no Brasil”, explicou.
Bolsonaro também observou que “o trabalho de todos os países agora é prolongar a curva de infecção”. “Se for muito rápido (a curva de infecção), não temos meios de ajudá-los com hospitais, equipamentos e UTIs”, afirmou.
O presidente disse novamente que a fronteira com a Venezuela, na cidade de Pacaraima (RR), é a maior preocupação do governo. “Não é fácil fechar uma fronteira como essa que não possui características geográficas ou rios, mas faremos todo o possível para cumprir esse papel, já que é uma decisão presidencial”.
Seguindo a linha de declarações anteriores, o Presidente também falou sobre como evitar o pânico entre a população. “Obviamente, estamos tomando as medidas apropriadas. Meu trabalho não é entrar em pânico na população brasileira “, acrescentou.