SÃO PAULO – XP Investimentos passou a fazer hedge de ações da varejista farmacêutica d1000 (DMVF3) com preço recomendado de compra e preço alvo de R $ 20,50 por ação ao final de 2021. Com base no mercado encerrado em 18 de setembro, a instituição prevê um aumento potencial de 105% para as ações.
Segundo a XP, a recomendação se deve às melhorias operacionais da empresa, principalmente nas bandeiras Drogasmil e Rosário, que estavam em dificuldades. Veja o relatório clicando aqui.
Além disso, a XP observou que acelerar o processo de abertura de lojas d1000 deve gerar um crescimento médio da receita de 17% ao ano entre 2019 e 2023.
Pedro Fagundes, analista da XP, também destacou que a relação risco-retorno da empresa é assimétrica, após a queda de 41% desde o IPO.
As ações estão sendo negociadas a um preço múltiplo de lucro (P / E) de 14,8 vezes em 2021, um desconto de 40% na cobertura de varejo média do XP.
“Em nosso preço-alvo, as ações seriam negociadas a um EV / EBITDA de 15,3 vezes em 2021e e a um P / L de 30,4 vezes”, observa o analista.
A D1000 é a nona maior varejista farmacêutica do Brasil, com 0,9% de market share, R $ 1,1 bilhão em vendas anuais e 188 lojas em quatro estados. A empresa é resultado de três aquisições feitas desde 2013 pela Profarma (PFRM3) – acionista majoritário da empresa e segundo maior distribuidor de produtos farmacêuticos do país.
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Os principais mercados da d1000 são Rio de Janeiro (cerca de 63% do total das lojas) e Brasília (cerca de 32% do total), com market share de 10% e 12%, respectivamente. Além disso, a empresa também possui operações em Tocantins, Mato Grosso e Goiás (5% do total).
Nos próximos anos, a estratégia da empresa foca em aumentar a base de lojas da empresa nos estados onde já atua, principalmente no Rio de Janeiro, onde está ampliando sua presença por meio do formato popular (baixa renda). . ), com foco na bandeira Tamoio.
Vantagens competitivas e riscos no radar
Conforme destaca Fagundes, a principal vantagem competitiva do d1000 está na verticalização por meio da Profarma, que é a segunda maior distribuidora de medicamentos do país. “A empresa se beneficia de ganhos de escala semelhantes aos dos principais concorrentes nacionais do setor, embora seu porte seja bem menor, devido à sólida rede de distribuição e logística de seu acionista controlador. Isso permite que a empresa tenha grande competitividade de preços ”, avalia o analista.
Além disso, a empresa se beneficia de um menor investimento de capital (necessidades de capital de giro e imobilizado), pois aproveita os estoques e centros de distribuição da Profarma.
A empresa tem um modelo de loja popular (baixa renda) eficiente e bem estabelecido, Drogarias Tamoio, observa o analista. As lojas banner apresentam vendas mensais maiores (em média R $ 615 mil, segundo estimativas do XP) e uma margem Ebitda das lojas maior (em torno de 9%) em relação à média da empresa (R $ 500 mil) e 7% , respectivamente).
Além disso, este formato não só tem grande potencial de crescimento devido à demografia do Brasil, mas também enfrenta relativamente menos concorrência dos principais concorrentes nacionais no momento, especialmente no Rio de Janeiro. “Esperamos que as vendas das lojas Tamoio cresçam em média + 28% entre 2019 e 2023”, afirmam.
Vale destacar também que cerca de 30% dos recursos captados no IPO da empresa (R $ 120 milhões) serão incorporados ao seu plano de expansão de lojas. A gestão visa abrir 220 novas unidades entre 2021 e 2025, principalmente com foco na bandeira Tamoio. Com isso, a expectativa é que d1000 duplique a base de lojas em cinco anos e que a bandeira Tamoio atinja 57% das vendas totais (38% atualmente).
A análise da XP também indica que as novas lojas da empresa estarão predominantemente localizadas nos estados específicos em que a d1000 já opera, reduzindo assim o risco potencial de execução, dada a força já consolidada da marca nas regiões. O destaque fica por conta do estado do Rio de Janeiro, onde a d1000 atualmente tem contratos para 50% das inaugurações de lojas do próximo ano já assinados.
Como riscos de negócios, XP citou corretamente que, uma vez que a gestão da empresa pretende dobrar o número de lojas da empresa em aproximadamente 5 anos, mantendo altos níveis de devoluções por loja, as projeções de crescimento podem ser afetadas se os objetivos não são cumpridos. “A esta altura, porém, acreditamos que o mercado já está descartando abertamente a capacidade da administração de entregar o plano traçado no momento do IPO”, avalia o analista.
Outros pontos de atenção são a competição no formato de loja popular – alguns dos principais varejistas farmacêuticos do país (como a DR) já demonstraram interesse em explorar o segmento com mais diligência – e a ainda baixa liquidez das ações ((R $ 8,0 milhões negociados diariamente, em média).
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