SÃO PAULO (Reuters) – O dólar disparou mais de 2% na sexta-feira, atingindo mais de 5,34 reais, alavancado por forte pressão no mercado de juros futuro em meio a amplo sentimento doméstico devido às incertezas e dúvidas fiscais. sobre a capacidade do Banco Central de manter as taxas de juros baixas.
A demanda por dinheiro cresceu 2,46%, para a venda de 5,3606 reais, próxima à alta diária de 5,3642 reais (+ 2,53%).
Na baixa, ainda atingida pela manhã, a moeda atingiu 5,2405 reais (+ 0,16%).
Segundo analistas, o câmbio sentiu o desconforto emanado do mercado de DI, no qual as taxas compradas dispararam 35 pontos base, provocando uma escalada da já longa inclinação da curva, uma medida de risco.
“Mercado preocupado com a inflação. Mercado de DI estressado e dólar indo … Tesouro com baixa liquidez. E o BC vai deixar o dólar correr? Vai entrar em um círculo vicioso muito ruim”, comentou o gerente Alfredo Menezes, da Armour Capital. .
O mercado de juros vem de dias de intensa tensão, devido às crescentes dúvidas sobre a capacidade do Tesouro Nacional em refinanciar a dívida pública diante do forte aumento dos gastos com combate aos efeitos da pandemia e da evolução percebida da agenda de reformas muito por abaixo do necessário.
Além disso, o salto da inflação no atacado tem estimulado debates sobre a contaminação dos preços ao consumidor, no momento em que o Banco Central expressa a intenção de manter a Selic em baixa recorde de 2% por um período prolongado.
O baixo nível da Selic tem sido apontado por alguns analistas como um entrave adicional ao financiamento da dívida pública e estaria relacionado aos crescentes descontos nas negociações com LFT (título cujo rendimento está atrelado a juros básicos) e com aumentos expressivos no prêmios cobrados pela compra. prefixado.
Na semana passada, o Tesouro realizou o maior leilão de títulos prefixados da história, em termos de risco, uma megaoperação de 44,5 milhões de títulos do governo, sem colocação total. No dia anterior, a Hacienda vendeu apenas 18% das 500 mil LFT oferecidas.
(Por José de Castro)
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