Diante do crescimento do número de pessoas físicas no mundo dos investimentos em tempos de baixíssima taxa de juros no Brasil, o Nubank, a maior fintech do país, acaba de entrar em um mercado cada vez mais competitivo com a aquisição da Easynvest, que tem 1,5 milhão de clientes. Nubank está bastante capitalizado, pois acaba de receber um contribuição de US $ 300 milhões. Esta é sua terceira aquisição somente neste ano. A negociação, que não teve valor divulgado, foi antecipada pela Estádio / Transmissão.
“Nos últimos sete anos, desafiamos o status quo de criar uma nova geração de serviços na América Latina. Já libertamos 30 milhões de pessoas da complexidade do sistema financeiro por meio de produtos e serviços práticos, convenientes e, principalmente, voltado para o cliente. Nosso desejo é fazer isso também no setor de investimentos ”, afirmou, em nota, o presidente da Nubank, David Vélez.
Nubank compra Easynvest
“Nosso principal objetivo sempre foi promover o acesso das pessoas aos investimentos, para que elas tenham o melhor retorno do seu dinheiro. Agora com o Nubank, poderemos aprimorar esse propósito e levar serviços a mais pessoas no Brasil e na América Latina”, afirma. em nota Fernando Miranda, presidente da Easynvest.
Nubank informou que, neste momento, nada vai mudar para os clientes das duas plataformas, visto que por enquanto continuarão a operar de forma independente. A partir daqui, será formado um grupo de trabalho para planejar os próximos passos para a integração dos serviços, que terá início após as aprovações dos reguladores, do Banco Central e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
O fundo de private equity Advent International contratou o JPMorgan no início deste ano para vender a Easynvest.
A corretora se junta à Plataformatec, empresa de consultoria em gestão de produtos digitais, e à Cognitec, especializada em software, na lista de aquisições do ano da Nubank.
Grande disputa
A disputa pela compra da Easynvest era grande, graças às perspectivas de crescimento do número de pessoas na bolsa. O BTG Pactual, que vem buscando aquisições para o crescimento de sua plataforma digital, o Pagseguro e até o Mercado Livre, Casa /Transmitir.
A diferença no perfil dos concorrentes mostra tanto o potencial de crescimento das plataformas de investimento como o facto de ainda não estar definido o jogo de quem vai disputar este mercado.
A venda ocorre em um momento bastante agitado neste ano, quando o número de investidores pessoa física na bolsa mais que dobrou em um ano. O Credit Suisse anunciou que comprou até 35% de participação na plataforma Modalmais. Desde o ano passado, a corretora chinesa Fosun, Guide, contratou o Credit Suisse como assessor financeiro para encontrar um parceiro estratégico para avançar também neste mercado.
Outra fintech, Neon, acaba de receber um contribuição de R $ 1,6 bilhão, anunciou recentemente a compra da tradicional corretora Magliano.