A vacina Sinovac contra Covid-19 é aprovada para uso emergencial na China – 04/09/2020 – Equilíbrio e saúde

A China aprovou no final de agosto o vacina contra coronavírus fabricante Sinovac para uso emergencial em profissionais de saúde, sujeito a um risco aumentado de contaminação por Covid-19.

Chamada de CoronaVac, a vacina chinesa está em fase 3 de testes clínicos, incluindo testes com cerca de 9.000 voluntários no Brasil. ELE Governo de São Paulo fechou acordo com a farmacêutica Sinovac para transferência de tecnologia e produção de vacinas em conjunto com o Instituto Butantan do país.

As informações sobre a aprovação na China foram divulgadas no dia 28 de agosto pela agência de notícias Reuters de Pequim, que ouviu de uma fonte próxima à farmacêutica.

Os resultados das fases 1 e 2 da vacina já mostraram bons resultados, com proteção superior a 97% aos 28 dias. 148 pessoas entre 18 e 59 anos de idade foram avaliadas na fase 1 e outras 600 pessoas na fase 2. Os efeitos adversos relatados foram leves. Não houve efeitos colaterais graves que pudessem indicar uma possível falta de segurança da vacina.

O estudo randomizado duplo-cego incluiu duas doses do imunizador, uma no primeiro dia do teste e a outra 14 dias depois. A quantidade de anticorpos no corpo foi medida 14 dias após cada dose.

A boa notícia é que a vacina induziu a produção de anticorpos neutralizantes, cuja função é justamente evitar que o vírus entre nas células, o que sugere que a vacina pode ser eficaz na contenção da infecção, não apenas no desenvolvimento da doença.

Os autores, porém, afirmam que é necessário aguardar os resultados da fase 3 para ter certeza da eficácia do imunizador.

CoronaVac é feito de vírus inativados. A ideia é modificar o Sars-CoV-2 tornando-o não infeccioso. Cientistas inserem o coronavírus em células Vero, linhagens celulares comumente usadas em culturas microbiológicas, sintetizadas a partir de células isoladas de rins de uma espécie de macaco na década de 1960 e usadas hoje para multiplicá-lo em laboratório. A partir daí, o vírus é inativado e incorporado à vacina.

A produção total da vacina do vírus inativado é semelhante à usada para a produção da vacina contra a raiva. No entanto, esse tipo de vacina precisa de testes de segurança significativos. A fase 3 que está em andamento no Brasil deve continuar por pelo menos seis meses.

Segundo o diretor do Instituto Butantan, Dimas Tadeu Covas, se os resultados da fase 3 forem favoráveis a intenção é iniciar a vacinação a partir de janeiro.

Butantan, o que pretende produzir 120 milhões de doses até 2021, você enfrentará um obstáculo logístico: o CoronaVac precisa de duas doses para a imunização. Ou seja, o total produzido pode atender 60 milhões de pessoas, menos de 1/3 da população do país.

Além do Sinovac, duas outras grandes empresas farmacêuticas chinesas já aprovaram vacinas de uso restrito. ELE o primeiro a receber aprovação foi o CanSino em julho, cuja vacina, à base de adenovírus, tecnologia semelhante à do Vacina Oxford e AstraZeneca, foi aprovado para uso por militares no país.

A vacina CanSino está atualmente passando por testes clínicos de fase 3 na Arábia Saudita.

A gigante farmacêutica estatal Sinopharm, por meio do Grupo Nacional de Biotecnologia da China (CNBG), também anunciou que tinha autorização para o uso emergencial de um de seus candidatos à vacina contra o coronavírus em estudo, conforme divulgado nas redes sociais. último domingo (30).

O CNBG tem duas vacinas candidatas em ensaios de fase 3, mas não divulgou qual delas tinha o uso aprovado.

De acordo com a agência Xinhua, o governo chinês aprovou vacinas para uso de emergência como uma medida para bloquear possíveis novos surtos de Covid-19 durante o outono e inverno. No entanto, o governo não divulgou mais informações sobre como serão feitas essas vacinações e o número de pessoas que serão vacinadas.

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