OMS: os países devem isolar, testar, tratar e registrar as instruções do coronavírus

A Organização Mundial da Saúde (OMS) enfatizou em entrevista coletiva na quarta-feira, 18, a importância dos países testarem, isolarem casos confirmados de coronavírus, tratarem pacientes e mapearem a direção da doença para combatê-la. “Não conclua que sua comunidade não será afetada, prepare-se”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em Genebra.

A OMS informou que recebeu a confirmação de mais de 200.000 casos de coronavírus em todo o mundo, com mais de 8.000 mortes. “Sabemos que os países enfrentam enormes dificuldades e que decisões difíceis devem ser tomadas”, disse o diretor-geral sobre medidas para coibir o movimento de pessoas para combater a doença. “Medidas de distância física, como o cancelamento de eventos, podem ajudar contra o vírus”, lembrou, citando eventos especialmente grandes, inclusive religiosos, onde grandes grupos de pessoas de diferentes partes de uma área se reúnem.

“Casos confirmados leves também devem ser isolados”, afirmou a OMS, insistindo na necessidade de analisar e isolar os casos para conter a disseminação. A organização disse que a estratégia para diminuir a curva de casos é salvar vidas e economizar tempo para que algum tratamento ou vacina seja desenvolvido. O CEO disse que o coronavírus é “uma ameaça sem precedentes”, mas também uma “oportunidade de solidariedade” entre pessoas e nações. Ele disse que mais de US $ 43 milhões já foram arrecadados para um fundo de solidariedade para combater a doença e que, se necessário, os países podem receber ajuda da OMS para garantir sua capacidade de realizar testes.

Ao responder a uma pergunta sobre como o coronavírus afeta as crianças, a OMS disse que elas também estão infectadas e podem desenvolver a doença, mas geralmente com sintomas leves. No entanto, um estudo na China mostrou que algumas das crianças desenvolveram sintomas “graves” e que uma delas morreu, informou a organização.

Itamaraty diz acompanhar turistas brasileiros que tentam retornar ao país

O Itamaraty disse na quarta-feira 18 que monitora cuidadosamente a situação dos turistas brasileiros que enfrentam dificuldades em retornar ao país diante da crise de pandemia do novo coronavírus. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, existem milhares de pessoas nesta situação depois que países de diferentes regiões decidem restringir ou fechar completamente o movimento dentro e fora de seus territórios. Os principais pontos de atenção estão no Peru, Marrocos e Vietnã.

“O Itamaraty monitora cuidadosamente a situação dos turistas brasileiros no Peru, Marrocos, Vietnã, entre outros países. Por meio das embaixadas, estão sendo feitos acordos com as autoridades locais para o breve retorno dos brasileiros ”, disse o Ministério das Relações Exteriores no Twitter.

“As embaixadas e escritórios consulares do Brasil são mobilizados para ajudar os brasileiros que estão no exterior e enfrentam dificuldades para retornar ao Brasil devido a restrições dos governos locais relacionadas ao coronavírus”, disse a pasta em outra publicação.

Conforme revelado pelo Broadcast, o sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, as companhias aéreas Gol e TAM chegaram a um acordo hoje com o governo para transportar os quase 4.000 turistas brasileiros presos no Peru. O país vizinho fechou suas fronteiras para conter o progresso do coronavírus. As negociações foram seguidas pela Embaixada do Brasil em Lima.

Para os brasileiros que estão no exterior, o Ministério das Relações Exteriores recomenda que sigam as diretrizes das autoridades locais de saúde, além das medidas de prevenção e controle para a infecção do novo coronavírus.

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