Análise: São Paulo não é charmosa, mas mostra um espírito de luta que não se via há muito tempo | São Paulo

ELE São Paulo Ele ainda não jogou uma partida para encher os olhos dos torcedores, muito menos daqueles que não são torcedores do clube após a volta do futebol.

Mas, após a eliminação do Mirassol, nas quartas de final do Campeonato Paulista, o elenco mostrou uma característica que há muito não se via na equipe: o espírito de luta.

A vitória alcançada aos 46 minutos do segundo tempo do Corinthians, domingo passado, foi a maior prova disso. Mesmo depois de liderar o empate por falha do Volpi, que poderia desestabilizar completamente o time, o São Paulo manteve a calma e soube administrar a partida.

As mudanças promovidas por Fernando Diniz deram força ao time. Não por acaso, quatro meninos apareceram na base: Brenner, Toró, Igor Gomes e Luan.

O gol da vitória foi marcado pelo Brenner, após cruzamento de Toró. A comemoração proporcionou uma visão geral desse ambiente de luta que está sendo instalado nos jogadores.

O agressor tirou a camisa e comemorou com raiva. O resto dos jogadores explodiu no banco e correu para o campo.

Brenner comemora gol do São Paulo contra o Corinthians – Foto: Marcos Ribolli

A mudança de posição não é só a partir deste duelo, mas também nos últimos dois jogos do Brasileirão, nas vitórias contra o Sport e o Atlético. O pífio resultado, por 1 a 0, obrigou o São Paulo a segurar a defesa em momentos diversos e não se deixar levar pela pressão.

– Às vezes, os jogadores ficam um pouco entusiasmados e não colocamos o espírito que é a nossa marca. Às vezes precisamos ir ao fundo do poço para entender que: “Cara, isso não é mais suficiente.” Às vezes é preciso mudar, chegar ao fundo para ter uma atitude de mudança – disse Hernanes, goleador do primeiro gol, em entrevista coletiva.

É uma equipe bem diferente daquela que apareceu contra o Bahía, por exemplo, quando o Volpi salvou um pênalti na partida de 0 a 0. A equipe conseguiu crescer, mas acabou levando o gol em menos de dez minutos depois.

Ou até o São Paulo eliminado pelo Mirassol, que ficou apático ao levar o terceiro gol e não parecia forçar o empate contra um time que está longe da elite do futebol brasileiro.

Fernando Diniz abraça auxiliar Márcio Araújo após gol no clássico – Foto: Thiago Bernardes / Estadão Conteúdo

Esta mudança tem muito a ver com os jogadores, claro, mas Fernando Diniz tem um grande contributo a dar ao renunciar a certas crenças e passar a acreditar noutras, como a mudança da dupla defensiva. Arboleda e Bruno Alves, antes intocáveis, deram lugar a Diego e Leo. As mudanças estão provando ser um sucesso.

Mais: ainda por não tentar recuperar um já não comprometido Alexandre Pato, que rescindiu o contrato após uma análise da comissão técnica e da diretriz de que havia perdido a concentração.

O discurso “quem não gosta tem que pedir para ir embora” de Fernando Diniz mostra que o São Paulo pode fazer um curso até o final da temporada.

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