Entidades anticorrupção enviam carta à Cármen Lúcia refutando defesa do BC para nota de R $ 200 – 28/08/2020 – Mercado

Os argumentos apresentados pelo Banco Central em resposta ao pedido de esclarecimento da Ministra Cármen Lúcia, do STF (Supremo Tribunal Federal), sobre o nova conta de R $ 200 Eles não justificam suficientemente a criação da nota, nem eliminam os riscos de seu uso para práticas ilícitas, dizem organizações anticorrupção da sociedade civil, em carta aberta ao ministro divulgada nesta sexta-feira (28).

As entidades, entre as quais o Instituto Não Aceito Corrupção, a Transparência Partidária, a Transparência Brasil e o Instituto Ethos, defendem que a Cármen Lúcia concede uma medida cautelar que impede a entrada em circulação da nova nota promissória, prevista para 2 de setembro.

O pedido de medida cautelar faz parte do ação apresentada pelos partidos Rede, PSB e Pode ao STF na última quinta-feira (20). Cármen Lúcia definiu-se como relatora da ação e instituiu um dentro de 48 horas para o BC prestar esclarecimentos sobre a criação do ticket.

Nesta quinta (27), em um documento dirigido ao Supremo Tribunal Federal, a autoridade monetária defendeu que a eventual suspensão do novo projeto de lei colocaria “em risco a satisfação das necessidades de caixa para garantir o bom funcionamento da economia e do sistema financeiro nacional”.

“O impacto de uma eventual insuficiência do volume de dinheiro em circulação seria sentido principalmente pelas pessoas mais pobres do país, que dependem de programas públicos de transferência de renda para manter sua subsistência e a de suas famílias”, afirmou o BC, citando também a despesa. já feitos e contratados para produzir os ingressos.

“Se anteriormente se argumentou que se tratava apenas de uma ação preventiva e que não havia risco de falta de dinheiro, as informações fornecidas ontem pela autoridade monetária sugerem um risco iminente de falta de dinheiro caso a nova nota não seja colocada em circulação”, afirmam. entidades, na carta divulgada nesta sexta-feira.

“Além de contraditórias e aparentemente oportunistas, essas alegações foram apresentadas (…) sem qualquer fundamentação, uma vez que se desconhecem os estudos técnicos e / ou de impacto ou pelo menos as fontes primárias de dados que apoiaram esta decisão”, acrescentam. .

As entidades afirmam ainda que, com base nas informações prestadas pelo BC, a medida é permanente, embora o contexto que a motivou seja excepcional: necessidade de recursos para custear socorros emergenciais, menor quantidade de dinheiro em circulação por entesouramento de famílias e empresas em meio à pandemia e maior retenção de recursos por parte das instituições financeiras.

E, por fim, criticam o fato de o município ter colocado secretamente os documentos que justificam a criação da nova cédula por um ano.

Na ADPF (Ação de Violação de Preceito Fundamental) movida pelas partes, os signatários argumentam que a nova conta de R $ 200, devido ao seu alto valor, favorece atividades ilícitas, como corrupção, sonegação fiscal, lavagem de dinheiro, ocultação e sonegação moeda. .

Eles também sustentam que o Banco Central não forneceu justificativas suficientes ou estudos de impacto para sua decisão de lançar este novo voto. E que o Ministério da Justiça e outros órgãos que tratam da corrupção e do crime organizado não foram ouvidos no processo.

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