Dome lamenta a falta de treino e explica as substituições: “Não é obrigatório mudar 5 jogadores” | Flamengo

Pelo quarto jogo consecutivo sob o comando do Flamengo, Domènec Torrent não utilizou as cinco substituições permitidas. Questionado sobre o assunto após o empate em 1 a 1 com o Grêmio, o treinador afirmou que não considerou necessário fazer todas as mudanças, pois estava feliz com os atletas em campo. Houve apenas três mudanças na equipe, uma delas devido a um problema físico com João Lucas.

– Acho que não é obrigatório trocar cinco jogadores, principalmente quando estou feliz com os jogadores que estão jogando. Quando mudamos foi porque o João tinha um problema na perna. Então tudo correu muito rápido e eu só queria mudar para dois ou três jogadores no máximo.

– Eu entendo, mas quando as pessoas perguntam eu posso perguntar: Que mudanças você vai fazer? Porque estava feliz com os zagueiros, com os meio-campistas, queria jogar com as duas alas abertas, e jogamos com o Vitinho e o Bruno abertos. A arrastar pelo meio, não é tão defensivo como o Gerson, mas tem um último passe muito bom. Eu queria jogar assim. Claro que posso fazer cinco alterações, mas muitas vezes não é necessário – justificou.

Domènec Torrent, durante empate entre Flamengo e Grêmio – Foto: André Durão

Para o Dome, o maior problema nesse início das obras tem sido a falta de tempo para treinar. Ele citou o fato de ter disputado duas partidas recentemente, o que encurtou ainda mais sua agenda de atividades.

– O futebol não acende e apaga a luz. Precisamos de tempo e treinamento. Estamos voando há cinco dias. Treinar é recuperação, um pouco tático e de jogo. Não é fácil entender tudo isso. Mas precisamos de tempo.

– Na competição você joga a cada dois, três dias. Precisamos treinar bem física e tecnicamente. Não posso dizer exatamente quando vamos tocar perfeitamente. Quero jogar perfeitamente no próximo jogo, mas estamos jogando uma competição que não é normal. Não só aqui no Brasil, mas no mundo. Temos um público especial, um dos melhores do mundo. Com os fãs somos muito mais fortes. Os torcedores, só para ela, ganham sete, oito pontos por ano. Esta temporada é muito especial para todos. Não posso garantir que jogaremos muito bem em 10 dias, porque precisamos de tempo. Não é uma desculpa, mas é uma realidade. Não estamos treinando.

Confira outros tópicos da conferência de imprensa do Dome:

Estratégia contra Grêmio

– Tivemos muitos problemas. Mas preparamos um jogo diferente. Eles pontuam individualmente, nós sabíamos disso. Queríamos fazer muitos movimentos e não brincar com os pés. Preparamos um jogo para deixar Gabi e Bruno entrarem nos espaços de ataque. Drag e Everton jogando do lado de fora e fazendo movimentos para criar espaço. Jogamos muito a pé.

– Precisamos jogar com mais mobilidade. Talvez as pessoas confundam o jogo das posições. Não gosto de tocar na bola só para tocar. Quero que haja jogadores em todas as áreas do campo, mas eles tenham mobilidade e espaços de ataque. Preparamos isso, mas não é fácil. Eles defenderam muito bem, mas temos que melhorar. Não gosto quando atacamos pela direita e acabamos pela direita. Temos que fazer muito mais movimentos e vamos trabalhar para isso.

Partida de Everton Ribeiro

– Ele estava bem. Mas ele precisava abrir o campo. Para abrir o campo prefiro jogar com jogadores rápidos. O Everton joga bem nas entrelinhas, mas quando se quer jogar em 4-2-4, as qualidades de Vitinho e Bruno são diferentes. Estou muito feliz com o Everton, mas você precisa fazer uma mudança tática e mudar rapidamente para decidir quais jogadores são os melhores para nós. Fiquei feliz com Everton e Arrasca, mas quando se quer fazer uma variação tática, procuramos jogadores dessa qualidade. O Bruno pode jogar aberto, o Vitinho também.

– Não posso jogar com 20 jogadores. Joguei com o Michael a primeira partida, podia jogar com o Michael e não com o Vitinho. Mas quando isso acontece, as pessoas perguntam por que o Michael jogou e não o Vitinho. Te entendo. Quando você joga com um jogador e não ganha, eles perguntam por que você não jogou com o outro. Tenho que me decidir rapidamente no jogo. Se eu jogar com o Michael, posso não conseguir jogar com o Vitinho. E nem sempre posso fazer cinco alterações porque não preciso disso com frequência, porque a equipe fica desorganizada quando muitas alterações são feitas.

Isso aconteceu no primeiro jogo. Contra o Atlético-MG jogamos com cinco atacantes e as pessoas perguntaram por quê. Você tem que tentar melhorar o jogo. Muitas vezes é impossível, porque o adversário também joga e joga bem. Quando pensamos em melhorar a equipe, fazemos as mudanças que consideramos as mais adequadas.

A fase ruim de Bruno Henrique e Gabigol é técnica ou você ainda não entendeu o que a comissão está pedindo?

– Eu não sei. Talvez seja o problema do comitê técnico. Mas esses jogadores precisam de tempo. Eu preciso, mas eles também. Treinamos muito pouco e jogamos cinco partidas em 15 dias. Os atletas precisam de tempo. Tenho muita confiança nestes jogadores, porque são os nossos melhores marcadores. Tenho a certeza de que vão marcar muitos golos.

Hoje Gabi já marcou. Os melhores marcadores precisam de muita confiança, pois são jogadores especiais. Quando eles começam a marcar gols, eles não param. Todos nós precisamos de tempo. Não é fácil jogar sem torcida, uma pandemia, muitas coisas … Mas todos os times são iguais. Precisamos de mais treinamento para melhorar fisicamente. E tudo isso. Quando você está melhor em todos os aspectos, físico, mental, tático, você tem mais chances de marcar.

Clássico contra o Botafogo

– É sempre importante vencer o próximo jogo. Para recuperar a confiança. Sei que o Botafogo é um clássico muito importante aqui, mas temos que vencer, seja o Botafogo ou outro rival. Vamos tentar vencer o jogo, mas não será fácil, pois todas as equipes têm qualidades. É normal. Este ano todo mundo quer vencer o Flamengo. O mais importante não é vencer: é vencer novamente. Primeiro, todo mundo quer vencer o Flamengo. Em segundo lugar, precisamos de tempo para que todos se reúnam como uma equipe forte. Quando eu deixar de vencer dois jogos consecutivos, tudo ficará mais fácil.

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