O Banco Central do Brasil carregou uma grande coleção de documentos relacionados à moeda digital do banco central (CBDC) para o GitHub, enquanto o país se aproxima de um lançamento digital real.
Coleção de documentos enviada para a página GitHub do banco em 3 de junho, mas vários arquivos também foram atualizados em 4 de junho.
o meio brasileiro portal bitcoin Ele observou que os documentos contêm detalhes importantes sobre quatro aspectos da moeda.
Ou seja, esta é a arquitetura do piloto CBDC em andamento, problemas de conexão de rede, contratos inteligentes e “contratos inteligentes de amostra”.
Mas, para desgosto de alguns usuários do GitHubos documentos não contêm o código-fonte do projeto.
Um usuário do repositório perguntou qual explorador de blocos o banco central planejava usar, enquanto outro refletiu:
“Também gostaria do código-fonte. Afinal, ele foi criado com recursos públicos. Deve ser tornado público, para que todos possam examiná-lo e sugerir melhorias. Por que o software não é desenvolvido com o dinheiro do contribuinte de graça?
Mas outro usuário afirmou que eles estavam trabalhando na “engenharia reversa” do código-fonte do real digital e que ele estava “bastante junto” com o projeto.
Em resposta a essas demandas, um usuário (cujo nome de usuário parece corresponder ao de um assistente comercial do banco) afirmou:
“Os códigos-fonte dos contratos desenvolvidos para o piloto digital BRL serão publicados após a conclusão dos testes […] e auditorias de código necessárias. Os exploradores de blocos não serão determinados pelo Banco Central. Cada participante é responsável por usar o navegador que melhor se adapta às suas necessidades.”
Como funcionará o projeto Brasil CBDC?
O Banco Central explicou anteriormente que o piloto CBDC usará um blockchain autorizado compatível com a rede Ethereum de código aberto chamada Hyperledger Besu.
Isso permitirá que o piloto evite incorrer em taxas de licença.
O banco já se comprometeu a diferenciar seu CBDC de outros, concentrando-se nos benefícios que trará para as empresas, e não para os usuários de varejo.
O presidente do banco, Roberto Campos Neto, reforçou esse sentimento recentemente.
Ele afirmou que “pagamentos digitais” eram “apenas uma pequena parte” da equação para equipamentos digitais reais.
Vários dos principais atores financeiros do país estão trabalhando com o banco em seu programa piloto.
Esse número inclui um pequeno número de cripto players e algumas empresas entusiastas de criptomoedas, como o unicórnio neobanking Nubank.
O banco afirmou que espera lançar o token até 2024.
No mês passado, o banco divulgou uma programação de eventos e seminários de pré-lançamento.
Mas os legisladores dizem que a legislação deve ser atualizada antes que o banco possa prosseguir.
O senador Carlos Portinho afirmou no mês passado que o projeto “poderia abrir as portas para órgãos estaduais”, incluindo prefeituras e repartições públicas locais, para criar “carteiras de criptomoedas”.
Portinho observou que a possibilidade de os órgãos estaduais terem tokens “não estava prevista na legislação atual”.