Brasília, 3 de julho de 2023 – O Diretor da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Dr. Jarbas Barbosa, participou da 17ª Conferência Nacional de Saúde, que acontece em Brasília de 2 a 5 de julho. O evento é um dos mais importantes do país em termos de saúde pública.
Durante a Conferência, o diretor da OPAS destacou que agora que a COVID-19 saiu de sua fase aguda, é fundamental que todas as lições aprendidas sejam transformadas em ações para que o mundo esteja melhor preparado para futuras emergências que possam surgir.
“Isso é o mínimo que podemos fazer para homenagear os milhões de pessoas que morreram durante a pandemia, bem como os profissionais de saúde que não se esquivaram de prestar assistência, mesmo arriscando suas próprias vidas”, disse ele.
O Dr. Barbosa também destacou a necessidade de a América Latina e o Caribe produzirem mais vacinas, medicamentos e equipamentos de proteção individual para suas populações. “A primeira vítima da pandemia foi a solidariedade”, disse ele. “Os países ricos conseguiram comprar três a quatro vezes mais vacinas do que sua população, enquanto os países pobres tiveram tremendas dificuldades de acesso”, destacou.
O diretor da OPAS também destacou o impacto da pandemia nos programas de saúde prioritários neste período. Ele citou como exemplos o aumento da mortalidade materna após mais de 20 anos de redução contínua, a queda na cobertura vacinal e a falta de acesso ao diagnóstico, tratamento e controle de milhares de pessoas com hipertensão, diabetes e câncer durante os picos de transmissão da doença. COVID 19. .
“É importante aproveitarmos a visibilidade que o sector da saúde ganhou durante a pandemia para construir sistemas de saúde resilientes, com melhor financiamento, cuidados primários fortes, próximos da comunidade e com resolução dos problemas de saúde das pessoas”, concluiu.
Vamos defender o Sistema Único de Saúde (SUS), a Vida e a Democracia – Amanhã será outro dia
A 17ª Conferência Nacional de Saúde é organizada pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS) e pelo Ministério da Saúde, sob o lema “Defenda o SUS, a Vida e a Democracia – Amanhã Será Outro Dia”.
Em sua fala, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, discutiu a importância dos esforços conjuntos e da colaboração regional para que o desenvolvimento ocorra de forma coletiva. “O Brasil só vai avançar se avançarmos junto com a região das Américas, se erguermos nossas vozes em defesa da igualdade efetiva entre as nações. Essa é a força de que precisamos, sem abrir mão de nossas diferenças e fortalecer nossa unidade.
“Hoje somos a representação real e amorosa da resistência e da esperança de um sistema de saúde para todos. Foi a luta social que deu origem ao SUS em 1988. Chegamos a esta 17ª Conferência em um caminho construído e percorrido por inúmeros lutadores para que saúde não seja apenas ausência de doenças”. acrescentou Fernando Pigatto, presidente do CNS
A Conferência Nacional de Saúde é realizada a cada quatro anos e é um importante espaço de diálogo entre governo e sociedade para a construção de políticas públicas de saúde. Esta edição marca o fim de um processo que incluiu conferências municipais, estaduais e gratuitas com a participação de mais de 2 milhões de pessoas de todo o Brasil.
A 17ª CNS conta com 110 participantes internacionais de 14 países. Participam da Região das Américas delegações da Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, El Salvador, Guiana, México, Paraguai, Peru e Venezuela. Além deles, também participam delegações dos países da Região Européia Espanha, Suíça e Itália.