SÃO PAULO/BUENOS AIRES, 16 Jun (Reuters) – O Banco Central do Brasil manterá sua principal taxa de juros inalterada nesta quarta-feira pela última vez em um período de suspensão da política monetária que começou no ano passado, de acordo com uma pesquisa da Reuters. a primeira redução de taxa para vir em breve.
Analistas e investidores procuram sinais de afastamento da política rígida em meio a um esforço crescente para aliviar as condições de crédito na primeira economia da América Latina, que em 2021 e 2022 teve uma campanha de aperto surpreendentemente agressiva que somou 1.175 pontos nos aumentos básicos para combater a inflação. .
O comitê de fixação de taxas do Banco Central do Brasil (BCB), conhecido como Copom, manterá a Selic em 13,75% – a maior desde 2017 – para sua sétima e última reunião na quarta-feira, segundo os 47 economistas ouvidos. em 12 de junho. -quinze.
“Dada a queda acelerada da inflação, que colocou a taxa anual dentro da faixa superior da meta, a probabilidade de cortes de juros é crescente neste ano”, disse Alfredo Coutino, diretor Latam da Moody’s Analytics.
Mas ele acrescentou que “o banco central deixará a porta aberta para ver e esperar como as condições se desenvolvem”.
O intervalo superior da meta do BCB para a inflação é de 3,25% a 4,75%.
Por outro lado, o Federal Reserve dos EUA, que começou a aumentar as taxas muito mais tarde, interrompeu sua campanha de alta neste mês, mas sinalizou que é provável que haja mais aperto.
O presidente do BCB, Roberto Campos Neto, indicou nesta semana que uma melhora recente nos mercados domésticos abriu as portas para uma mudança na política monetária, uma mudança significativa em sua retórica geralmente agressiva.
Os comentários foram feitos depois que uma desaceleração da inflação mais forte do que o esperado em maio desencadeou uma grande queda nas taxas futuras do Brasil, que sustentou um cenário cada vez mais benigno para os preços ao consumidor. Em maio, a inflação em 12 meses atingiu seu nível mais baixo em mais de dois anos, caindo abaixo de 4% pela primeira vez desde o final de 2020.
Em resposta a uma pergunta separada sobre o mês específico e o tamanho de um possível primeiro corte de juros, a maioria de 36 dos 40 entrevistados acreditava que tal movimento ocorreria no terceiro trimestre, com 20 apontando para agosto e 16 apontando para setembro.
Entre aqueles que viram ação antecipada em agosto, 13 esperavam um corte de 25 pontos-base e três esperavam um corte mais profundo de 50 pontos-base. Três não deram previsões numéricas, enquanto um deles viu as mesmas chances de 25 e 50 pontos-base naquele mês.
Dos 16 contribuintes que escolheram setembro, nove tiveram uma queda de 50 pontos-base, seis disseram uma queda de 25 pontos-base e um não ofereceu uma estimativa.
Entre os demais, três esperavam uma mudança em novembro e um em janeiro.
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Reportagem e pesquisa de Gabriel Burin em Buenos Aires e Luana Benedito em São Paulo Editado por Ross Finley e Frances Kerry
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