Uma rede de canais tentou saturar o YouTube com conteúdo pró-Bolsonaro durante as eleições brasileiras de 2022

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Universo de vídeos coletados para análise. Crédito: Mapeamento de conteúdo político no YouTube nas eleições brasileiras de 2022(2023)

Especialistas identificaram esforços coordenados para saturar o algoritmo de recomendação do YouTube, inundando os usuários com conteúdo pró-Bolsonaro durante as eleições brasileiras de 2022.

Pesquisadores da Universidade de Exeter e do Vero Institute descobriram um complexo sistema de canais de influência em forma de rede que moldou as narrativas políticas durante esse período. Isso é um acréscimo ao próprio algoritmo de recomendação do YouTube, que também gera sugestões com base nos padrões de visualização dos usuários.

Essa rede de vídeos direcionados a influenciadores se promoveu por meio de menções, marcações, entrevistas e cortes (formatos de vídeo mais curtos) e contribuiu fortemente para o volume de vídeos e canais políticos recomendados. A maior parte desse conteúdo ecoava as ideologias políticas do candidato presidencial de direita Jair Bolsonaro.

Os pesquisadores foram auxiliados por uma equipe dedicada de várias dezenas de voluntários, que coletaram mais de 1.200 vídeos usando palavras-chave de pesquisa, capturando pelo menos 30.000 vídeos recomendados. Eles foram analisados ​​entre 10 de outubro e 30 de novembro de 2022, coincidindo com o primeiro e segundo turnos das eleições brasileiras.

Desenvolvendo no Mozilla repórter de arrependimento extensão do navegador, a Universidade de Exeter e o Vero Institute criaram cinco grupos de grupos de vídeos analisados, mostrando quais vídeos e canais recomendam uns aos outros.

Após agrupamento, os vídeos foram categorizados em cinco temas temáticos: Ameaças à Democracia, Candidatos/Eleições, Políticas Públicas, Religião e Outros. Ambos os métodos qualitativos e quantitativos foram usados ​​para dar uma imagem mais completa de como as diferentes categorias de assuntos foram conectadas.

Apesar de um equilíbrio no número de vídeos entre os campos políticos de esquerda e direita, as narrativas políticas pró-Bolsonaro parecem ter sido as mais recomendadas por todos os cinco grupos de canais cluster. São eles: Grupo A: Lula e mídia diversa, Grupo B: Bolsonaro e mídia diversa, Grupo C: Mídia liberal, Grupo D: Podcasts e programas de rádio, e Grupo E: Cluster Secundário de Bolsonaro.

Além disso, grupos de canais com conteúdo rotulado como “ameaças à democracia”, como fraude eleitoral e corrupção, também receberam o maior número de recomendações: 37%. Já os grupos B, D e E, em sua maioria canais ligados a Bolsonaro, apresentaram mais da metade do conteúdo classificado como “ameaças à democracia”.

A grande maioria dos participantes percebe uma forte conexão entre a política e as esferas social e econômica. Por exemplo, 98% dos voluntários classificaram segurança pública, raça, questões LGBT+ e economia como questões políticas, e transporte, saúde, educação, questões indígenas e feministas como politicamente adjacentes.

O conteúdo do YouTube reflete o clima eleitoral. Mais de 65 por cento dos vídeos analisados ​​enquadraram-se na categoria “candidatos e eleições”, descritivo da época e dos vários elementos do processo eleitoral: narrativas de campanha de candidatos, debates, notícias de análise política e votação.

O Dr. Chico Camargo, professor de Ciência da Computação na Universidade de Exeter e coordenador deste projeto, disse: “Nosso estudo investiga as redes e comunidades de produtores de conteúdo que trabalham junto com o algoritmo de recomendação do YouTube. Essas redes deliberadamente injetam influência política no conteúdo que os usuários veem.

Beatrice Bonami, chefe de ciência e inovação do instituto VERO, disse: “Embora as plataformas sejam projetadas para consumidores, o relatório mostra que os cidadãos participam da tomada de decisões políticas navegando e consumindo conteúdo online, e devemos abordar esse fato se queremos proteger e promover a democracia.

Becca Ricks, diretora de pesquisa e investigações de código aberto da Mozilla, disse: “Além do contexto político do relatório, a pesquisa colaborativa nos permite estudar as experiências do usuário em plataformas à medida que ocorrem em tempo real. Isso nos dá informações valiosas sobre como esses influentes plataformas impactam os indivíduos e a sociedade.”

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