Em meio à crise econômica, Paquistão manifesta interesse em aderir ao relatório do BRICS

Em meio a uma crise econômica cada vez mais profunda e negociações paralisadas com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para empréstimos, o Paquistão manifestou interesse em se juntar ao Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (BRICS), informou o Pakistan Today.

Segundo o relatório, as aspirações de Islamabad serão discutidas na próxima cúpula do grupo na África do Sul em agosto. Dezenove países, incluindo o Paquistão, manifestaram interesse em ingressar no BRICS, e essas aspirações serão discutidas na próxima cúpula do grupo na África do Sul, em agosto.

Uma das principais agendas da política externa do Paquistão é a candidatura à adesão ao BRICS. Embora os estados membros do BRICS tenham manifestado seu desejo de expandir o número de membros do grupo, há pouco interesse dentro do grupo em incluir o Paquistão, apesar da presença da China.

Há um temor entre o grupo de que qualquer tentativa de incluir o Paquistão como parte do grupo possa minar a credibilidade do BRICS com a Índia se retirando de qualquer adesão voluntária ao grupo. A Índia pode optar por abster-se de participar ativamente do grupo, negando assim o agrupamento de uma das maiores economias de crescimento mais rápido do mundo, mercados consumidores e centros industriais avançados.

Há três razões pelas quais o Paquistão não pode ingressar no BRICS. A primeira é a preocupação com finanças, especificamente o desafio direto dos BRICS ao G7 em termos de economia e comércio.
Em termos de paridade do poder de compra (PPP) do PIB, a China é a maior economia do mundo, seguida pela Índia em terceiro lugar, a Rússia em sexto e o Brasil em oitavo.

Como um grupo, eles respondem por 31,5% do PIB global, enquanto a participação do G7 caiu para 30%. Além disso, os cinco países membros do BRICS também são membros do G20 e houve casos em que reuniões preparatórias realizadas por membros do BRICS nas áreas de reforma de governança, especialmente após a crise financeira de 2008, foram adotadas pelo Fundo. Fundo Monetário Internacional ( FMI) e G20.

O BRICS também criou duas novas instituições, o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), também conhecido como BRICS Bank, e o Arranjo Contingente de Reservas (CRA). O CRA, que tem um capital de mais de US$ 100 bilhões, pode ajudar os Estados membros a enfrentar qualquer crise de curto prazo no balanço de pagamentos.

O Paquistão, se permitido no BRICS, pode facilmente acessar o CRA de $ 100 bilhões, bem como os termos de empréstimo comparativamente brandos do NDB, sem melhorar o funcionamento do estado paquistanês. Com a economia paquistanesa falhando em termos de exportação ou contribuição para a economia global e com um estado perpetuamente conturbado, a inclusão do Paquistão será um fator importante na redução da importância dos BRICS, já que o agrupamento terá uma responsabilidade que não pode ser desfeito. , no processo de dissuadir outros países merecedores de fazerem parte do grupo.

O segundo fator é o perigo da ‘SAARC-ização’ dos BRICS. Isso implica que a inclusão do Paquistão no BRICS pode levar a um impasse com a Índia em vários casos, levando à extinção de um grupo.

A terceira e última razão é a falta de especificidade nos objetivos da política externa do Paquistão, além de encontrar novos parceiros em nome do Islã e extrair deles favores, econômicos e geopolíticos. O Paquistão foi classificado como um estado rentista por alguns analistas, e esse rótulo lhes cai bem.


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