Bogotá Colômbia
O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva anunciou na terça-feira um novo plano para acabar com o desmatamento na Amazônia até 2030.
“O Brasil é o grande responsável pelo equilíbrio climático do planeta devido à floresta amazônica”, disse Lula durante evento para o Dia Mundial do Meio Ambiente no Palácio do Planalto. “Prevenir o desmatamento na Amazônia ajudará a reduzir o aquecimento global.”
Junto com sua ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e outros membros de seu gabinete, ele apresentou um plano que já havia implementado em seu primeiro mandato, iniciado em 2004. Desde que entrou em vigor e até 2012, o desmatamento foi reduzido em 83%. . Depois, aumentou 75% na presidência de Jair Bolsonaro, que suspendeu o plano e o substituiu por operações militares de combate a incêndios e extração ilegal de madeira.
O plano de Lula propõe a criação de três milhões de hectares de novas reservas naturais. O governo também quer confiscar 50% das terras desmatadas ilegalmente e fortalecer o monitoramento com a contratação de milhares de analistas.
O plano prevê o aumento do uso de imagens e dados de satélite para rastrear atividades criminosas, regularização fundiária, criação de incentivos para a agricultura sustentável e uso de um cadastro rural para monitorar o manejo florestal adequado.
“O Brasil voltará a ser referência mundial em sustentabilidade, enfrentando as mudanças climáticas e atingindo metas de redução de emissões de carbono e desmatamento zero”, afirmou Lula.
O Brasil é o quinto maior emissor de gases de efeito estufa do mundo, e partes da floresta tropical agora liberam mais carbono do que sequestram como resultado do desmatamento e dos incêndios.
O presidente Lula, que tomou posse em 1º de janeiro, fez do desmatamento uma peça central de sua política ambiental, que ele enfatizou durante sua campanha à presidência.
No entanto, tudo indica que o presidente enfrentará vários contratempos. Na semana passada, o Congresso do Brasil votou para eliminar as responsabilidades dos ministérios encarregados de assuntos ambientais e indígenas.
O ministro Silva chamou a decisão do Congresso de “retrocesso”, mas disse que o governo continuará trabalhando para salvar a floresta tropical.
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