A empresa japonesa Mitsui OSK Lines ainda não estimou os custos dos danos ambientais; este é o maior desastre ecológico no país africano
Capitão do navio pede desculpas pelo derramamento de óleo nas Ilhas Maurício
A japonesa Mitsui OSK Lines, uma das maiores companhias marítimas do mundo, pediu desculpas às Maurícias neste domingo, segundo a Reuters, pelo desastre ecológico causado por um navio da sua frota que encalhou na costa da África do Sul, o 25 de julho, gerando um grande derramamento de óleo.
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O navio encalhou em um recife, se partiu e começou a derramar óleo no mar nesta quarta-feira (4), segundo informações da Reuters. O derramamento atingiu as principais praias do país africano, que é banhado pelas águas cristalinas do Oceano Índico e tem uma economia baseada no turismo.
“Lamentamos profundamente os grandes problemas que causamos”, disse Akihiko Ono, vice-presidente executivo da Mitsui OSK Lines, a repórteres em Tóquio neste domingo (9), em entrevista coletiva.
Ele acrescentou que a empresa “fará tudo o que estiver ao seu alcance para resolver o problema”.
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Estima-se que pelo menos 1.000 toneladas de óleo escaparam do navio nas águas da Ilha Maurícia. Aproximadamente 500 toneladas de óleo foram extraídas do navio, mas ainda permanecem 2.500 toneladas no navio, com risco de vazamentos no mar.
A Mitsui OSK Lines ainda não divulgou os custos dos danos causados pelo derramamento de óleo.
O Japão anunciou que enviará uma equipe de resgate de seis pessoas, a pedido do governo mauriciano, para ajudar na retirada do óleo derramado, segundo nota do Itamaraty divulgada neste domingo (9), segundo a Reuters. .
“Esperamos que esta assistência contribua para a recuperação do meio ambiente de Maurício e a prevenção da poluição marinha”, disse o comunicado.
O primeiro-ministro Pravind Jugnauth declarou estado de emergência ambiental nesta sexta-feira (7), dizendo que o país não tem habilidade ou conhecimento para lidar com os navios encalhados.
Ele pediu ajuda à França por meio das redes sociais. O presidente francês, Emmanuel Macron, disse neste sábado (8) que enviará times e times para ajudar o país.
Ambientalistas alertam que este pode ser o pior desastre ecológico nas Ilhas Maurício e pode colocar em risco a ecologia marinha e as águas cristalinas que atraem turistas de todo o mundo.