“Esperamos mais das autoridades”

O meio-campista brasileiro falou ao Sambafoot sobre seu amor por Londres e sua temporada de sucesso na Premier League

A volta de Willian para a Inglaterra, e especificamente para Londres, foi como se reencontrar. O brasileiro nunca escondeu sua paixão pela cidade. Lá passou a maior parte da carreira, sempre em alto nível, no Chelsea, Arsenal e atualmente no Fulham.

Em décimo lugar na Premier League, o Fulham encerrará a temporada neste domingo, contra o Manchester United. Os londrinos contaram com o sempre habilidoso Willian para chegar a esse resultado, um dos melhores da história do time no campeonato.

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A entrevista, realizada há uma semana, abordou momentos da carreira futebolística do jogador fora do Brasil. Depois da conversa com pé de samba, houve novos casos de racismo contra Vinicius Junior na partida entre Valencia e Real Madrid no último final de semana. Willian analisou esse assunto difícil dentro do campo esportivo e no mundo.

“Essa é uma questão importante, sobre o racismo. Eu sempre digo que os jogadores não têm o poder de tomar decisões, de definir a punição ou punir alguém que é racista ou algo assim. Só podíamos compartilhar e expor a situação em nossas redes sociais e de alguma forma tentar combater o racismo. Não temos autoridade para fazer mais do que isso. Quem pode punir, banir se for preciso, quem é racista são os dirigentes, os presidentes das federações, os presidentes dos clubes, enfim. Essas são as pessoas que podem entrar em uma situação como essa e realmente punir quem é racista para combater esse problema que realmente incomoda a nós, jogadores. Fazemos o que podemos, mas esperamos muito mais, muito mais, das autoridades e das pessoas que têm poder para o fazer e acabam por não o fazer”, disse.

Confira abaixo as outras respostas de Willian:

Qual é o seu melhor momento no Fulham até hoje? A melhor história, algo que você sempre lembrará.

Vivi momentos especiais. Cada jogo foi especial, cada vitória foi importante. Acho que podemos dizer que nosso jogo fora de casa contra o Southampton foi um momento especial. O clube chegou a 15 vitórias na Premier League e acho que esse foi um número que o clube pode nunca ter alcançado. Este ano conseguimos. Ainda podemos ultrapassar os 55 pontos se vencermos no próximo jogo. Se chegarmos a isso, atingimos o recorde de pontos da história da equipe, se não me engano, o máximo foi de 53. Esse jogo contra o Southampton foi especial e pretendemos quebrar esse recorde também. Com certeza será muito especial.

Momento igualmente bacana e importante foi nos jogos contra o Chelsea, tanto na primeira, em casa, quanto na segunda, em Stamford Bridge. Depois de muitos anos jogando lá no Chelsea, saí e quando estava no Arsenal não havia jogado lá contra o Chelsea. Poder voltar lá e ser acolhido como fui foi muito especial para mim. Esta temporada teve momentos especiais. Todos os jogos foram importantes e este contra o Chelsea foi muito especial.

Não esperava ser recebido como fui. Fiquei muito surpreso com o amor e respeito dos torcedores do Chelsea por mim. Foi um dia muito emocionante para mim e minha família, a festa que eles fizeram desde que entrei em campo para o aquecimento e depois quando me substituíram no segundo tempo, todo o estádio me aplaudiu, cantaram minha música, então foi foi realmente especial.

No jogo contra o Leicester, você marcou dois gols. O que isso significa?

Naquele jogo do Leicester, fiz dois gols, é verdade. É sempre bom quando marcamos golos, especialmente dois no mesmo jogo. Foi sem dúvida um jogo importante, um jogo em que a equipa jogou bem e pude contribuir não só com golos, mas com boas jogadas. Também joguei muito bem. É bom receber amor dos fãs.

Desde a minha chegada recebi o carinho deles e em cada jogo que acontece isso foi visto. Sempre que eles me substituem, eles aplaudem muito, gritam meu nome. Tem sido muito bom e tento retribuir esse carinho dentro de campo, jogando bem e ajudando o time.

Não só nesse jogo contra o Leicester, mas ao longo da temporada tenho me saído muito bem, independente dos gols tenho produzido muito para o time, jogando bem, criando jogadas, fazendo passes a gol. Esse jogo foi um reflexo do que vem acontecendo nessa temporada comigo e com o time também, fazendo bons jogos e sempre evoluindo.

Por que você gosta tanto de Londres? Na Inglaterra, você só jogou nesta cidade.

É verdade, só joguei nos times de Londres aqui na Inglaterra (risos). Chelsea, Arsenal e agora Fulham. Eu amo a cidade. Apaixonei-me pela cidade desde a primeira vez que aqui vim. Eu gosto muito, assim como minha família. Adoramos morar aqui, morar em Londres. É uma cidade incrível, fantástica e tem tantas coisas para fazer. Muitos restaurantes, shopping centers, parques, muitas atrações, como teatro, shows. É uma cidade incrível. Para mim é uma das melhores, senão a melhor cidade do mundo para se viver. Pra mim é o melhor do mundo (risos). Eu gosto muito, gosto muito. Nas horas vagas, você pode se divertir, sair, ir a um restaurante, passear, parar em um café, muitas coisas. É uma cidade incrível.

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About the Author: Ivete Machado

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