Trabalhadores temporários fazem greve de 24 horas contra Uber e DiDi 99

Os motoristas dos aplicativos de carona Uber e Didi’s 99 começaram uma paralisação de 24 horas no início da segunda-feira, levando a cancelamentos e um leve aumento nas tarifas em ambas as plataformas.

Associações de motoristas de aplicativos como Fembrapp e Amasp usaram as redes sociais para convocar colegas de todo o país a aderir ao protesto, cuja principal reivindicação é o aumento do salário dos motoristas, que está congelado há muitos anos. Eles querem um pagamento mínimo de pelo menos R$ 10 (US$ 2) por viagem e R$ 2 por quilômetro.

Os motoristas também pedem redução nas taxas de comissão de aplicativos, que a Amasp diz que podem chegar a 60% por viagem, além de compensação adicional por cada parada solicitada pelos passageiros dentro da mesma viagem e maior proteção contra roubos e furtos em áreas urbanas áreas. Eles também querem que as empresas ofereçam seguro de vida e saúde a seus motoristas parceiros.

Uber e 99 rejeitaram essas demandas, Segundo Luiz Corrêa, dirigente do SindiMobi, sindicato que representa os motoristas do Rio de Janeiro.

o relatório brasileiro entrou em contato com o Uber e o 99 para comentar, mas ainda não recebeu uma resposta.

Eduardo Souza, presidente da Amasp, disse nas redes sociais que os trabalhadores não descartam futuras mobilizações para que as empresas entendam “o quanto estão unidas”.

No entanto, poucos trabalhadores temporários se juntaram ao protesto.

“Os motoristas de aplicativos não são uma classe unida de trabalhadores. Ouvi motoristas dizerem aos que não estavam satisfeitos que procurassem outro emprego. É por isso que os aplicativos fazem o que querem [in Brazil]”, escreveu um motorista em um comentário no Instagram.

O Brasil tem mais de um milhão de motoristas de aplicativos, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), mas suas opiniões parecem destoar das intenções do governo.

Desde que assumiu o cargo em janeiro, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, Cometeu regular as relações de trabalho na economia gig.

Enquanto a grande maioria dos motoristas concorda com a criação de uma tarifa mínima por viagem e quilômetro percorrido. Por outro lado, não querem que sua atividade seja regulamentada dentro das leis trabalhistas do Brasil, pois preferem manter a liberdade na jornada de trabalho e não querem ficar presos a uma única plataforma, por exemplo. Muitos motoristas trabalham para Uber e 99 simultaneamente.

Leandro Cruz, presidente do Sindicato dos Aplicadores do Transporte Terrestre Interurbano do Estado de São Paulo, conta o relatório brasileiro que os motoristas que se opõem à regulamentação de sua profissão nas leis trabalhistas do país não entendem sua finalidade.

“As reivindicações são para que os trabalhadores recebam um salário justo e tenham acesso à seguridade social. Não temos a intenção de alterar a jornada de trabalho de 12 horas legalmente permitida, mas ultrapassar esse limite é um risco para motoristas e passageiros”, diz Cruz.

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