Olá, todo mundo quer um “chip” – Money Times

Olá, todo mundo quer um “chip” – Money Times
“Poucos acreditaram na capacidade da Oi de recuperar suas operações e vender ativos”, diz o colunista (Imagem: Money Times / Gustavo Kahil)

Falar sobre Olá (OIBR3) hoje está pedindo para os espíritos subirem. Presente em Carteira Para muitos investidores, as ações são vistas como uma grande oportunidade de ganhar dinheiro para alguns e como mera especulação de uma empresa “quebrada” para outros.

A verdade é que todo mundo quer levar um chip, seja para dinheiro ou mesmo diversão.

Como uma empresa que “começou mal”, quando o leilão de privatização da Telemar formou um consórcio que reuniu como parceiros BNDES, os fundos de pensão estaduais Previ e Petros, além de dois parceiros privados: Carlos Jereissati (irmão de Tasso Jereissati) e Sérgio Andrade (da construtora Andrade Gutierrez), a história da empresa sempre foi turbulenta.

Passando por um processo questionável que alterou o Plano Geral de Subsídios (PGO), permitindo à Telemar adquirir a Brasil Telecom e, em seguida, através de uma fusão com a Portugal Telecom, que não contribuiu com dinheiro para a empresa, mas para seus “ativos” (destacando uma participação de 25% na capital da empresa de telecomunicações angolana Unitel e quase 850 milhões de euros em um ativo financeiro de um banco falido), a história de o sempre deu notícias.

Como tudo (ou quase tudo) que começa mal termina mal, em 2016 a empresa entrou no maior processo de recuperação judicial da história do Brasil até hoje, com mais de R $ 65 bilhões em dívidas.

Depois que a empresa aprovou um plano de recuperação com os credores, o ceticismo continuou com a empresa.

Poucos acreditaram na capacidade da empresa de recuperar suas operações e vender ativos.

A participação da Unitel foi vendida por quase 5 anos, com um processo de litígio com os parceiros, no entanto, no início deste ano, a empresa conseguiu vender uma “dor de cabeça” por um bilhão de dólares.

Isso causou uma interrupção no fluxo de caixa da empresa, permitindo que os investimentos necessários avançassem no segmento de fibra e contivessem a perda de clientes de banda larga fixa e em tecnologia de cobre, que é mais cara, lenta e instável que a fibra. .

Com a aprovação do projeto de lei complementar 79 (PLC 79), foi aberta a possibilidade de a empresa vender seu segmento de telefonia móvel, onde não possui infraestrutura e capital para competir. Tim (time3), Vivo (VIVT4) e Claro.

Eles até formaram um consórcio para comprar o segmento móvel da Oi, que oferece R $ 16,5 bilhões, e eles são claramente os favoritos.

As sinergias são muito grandes, além de impedir que um novo concorrente entre no mercado.

Mas há duas pedras no caminho.

i) A empresa deve obter, com seus credores, a aprovação para alterar o plano de recuperação judicial aprovado em 2017.

A mudança envolve a venda dos segmentos móveis, até 51% do capital do segmento de fibra, suas torres e centros de processamento de dados.

Operadoras de telecomunicações Oi OIBR3
Com o consórcio Tim, Vivo e Claro emergindo como favoritos claros para a aquisição do segmento móvel da Oi, o Cade poderá eventualmente bloquear a operação devido à concentração de mercado que essa aquisição pode causar (Imagem: Reuters / Paulo Whitaker)

Se essas vendas forem realizadas (a Oi já possui ofertas firmes de R $ 16,5 bilhões para o segmento móvel, R $ 1 bilhão para as torres e R $ 325 milhões para os centros de processamento de dados), além de diversos stakeholders No segmento de infraestrutura de fibra, a empresa pode embolsar mais de R $ 24 bilhões, resolvendo sua situação financeira no curto prazo, com valores relevantes ainda a serem explorados a partir de sua participação no segmento de fibra e de seus clientes nesse segmento ( pessoa física e jurídica).

ii) O Conselho Administrativo de Defesa Econômica, o famoso Cade. Com o consórcio Tim, Vivo e Claro emergindo como favoritos claros para a aquisição do segmento móvel da Oi, o Cade poderá eventualmente bloquear a operação devido à concentração de mercado que essa aquisição pode causar.

O ponto aqui é que a Oi estava prestes a quebrar em 2017 e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) chegou ao ponto de se preparar para a divisão dos clientes da empresa entre seus concorrentes. Em outras palavras, o que Cade faria a respeito?

Enquanto especula e diz o que diz, a empresa continua avançando em importantes frentes operacionais, como podemos ver na figura a seguir:

(Fonte: Dados da Anatel)

Podemos ver que a empresa percorreu um longo caminho no segmento de fibras, mesmo durante a pandemia.

O crescimento da fibra já compensou a queda de clientes no segmento de cobre. Em junho, a perda líquida de clientes foi a menor do ano (10.975).

Em outras palavras, a empresa agora tem um caminho claro a seguir. Se tudo vai se concretizar (aprovação da mudança do plano de recuperação judicial pelos credores, venda de ativos e recuperação operacional), o tempo dirá.

Mas que no jogo das probabilidades, a chance de ter sucesso é muito maior hoje do que há 1 ano, é inegável.

A verdade é que a Oi vai estar no noticiário por muito tempo. Aprecie com moderação.

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