No dia 19 de maio sediaremos este evento presencialmente e os ingressos são gratuitos. Por favor registro em linha para reservar o seu lugar.
O vídeo do show será divulgado posteriormente. Lembrar Siga-nos para ver esta e outras apresentações emocionantes.
Carioca, compositor/cantor/guitarrista arturo campela foi influenciado pela Bossa Nova e pelos movimentos “tropicalistas”, uma fusão politicamente orientada da música tradicional e popular brasileira com o rock ocidental e a música de vanguarda europeia de compositores como Ligeti, Berio, Stockhausen, Ferneyhough, Lachenmann, Sciarrino e Cage, entre muitos outros.
É bolsista do Guggenheim, bolsista da Koussevitzky and Fromm Foundation e recebedor do DAAD Artist-in-Residence Grant (Berlim, 2012). Suas composições foram executadas em festivais internacionais de Nova Música por importantes solistas e grupos, e conquistou os primeiros prêmios em importantes Concursos de Composição Sul-Americanos.
Em 1988, produziu seu revolucionário álbum avant-pop “Epopéia e graça de uma raça em desencanto”. O álbum é um experimento que mescla elementos da linguagem da música contemporânea com a música tradicional e folclórica brasileira. Kampela diz sobre isso:
“Meu objetivo era criar novas perspectivas para a ‘canção’ popular, trabalhando ‘sob sua pele’, ampliando suas convenções, desviando-a de um ponto de vista óbvio. Peças como Itinerário…’ (caminho de um baixista na noite sul-americana) usam técnicas de colagem. “Epopéia” (faixa-título do álbum) é o primeiro samba (atonal ou pan-tonal) composto no Rio, Brasil (A propósito: fui censurado pela TV na primeira vez que foi ao ar!…) O “ Rock à la Bartók ” Tesão (que significa – ‘duro’) apresenta mudanças de compasso implacáveis e qualidades teatrais. Aqui, dois amantes tentam fazer amor dentro de um Volkswagen…”
Além de pedaços de épico…, o programa inclui avant-Bossas Novas de Kampela como “Copacabana”, “Desafi(a)ndonado” e “Garôta 21”, que empregam novas formas estruturais para dinamizar o formato tradicional. Neles você ouvirá fórmulas de compasso e melodias incomuns que abrangem dissonâncias e consonâncias. São homenagens (ocultas) a clássicos do gênero como “Desafinado” de Jobim ou “Garota de Ipanema”. A música híbrida-avant-pop de Kampela tem sido ouvida em clubes, locais de prestígio e locais underground em Nova York, Rio de Janeiro, São Paulo, Cidade do México, Estrasburgo, Schwaz (Áustria), etc.
Composições recentes incluem o trabalho de 30 minutos Antropofagia (2022) para guitarra elétrica e ensemble de câmara grande, que foi interpretada pelo ensemble Contemporary Insights na Hochschule für Musik und Theatre “Felix Mendelssohn Bartholdy” em Leipzig; …entre bocas e dedos… (2022) para cinco músicos, teve estreia na Sala Cecília Meirelles, no Rio de Janeiro, pelo Abstrai Ensemble. ou impossíveluma peça eletrovocal (2022), foi encomendada e cantada pela soprano e produtora Doriana Mendes. Tak-tak… Tak… (2016-17), encomendado pelo DAAD/Ensemble Modern para grande ensemble e Plásticas Sonoras (instrumentos criados pelo compositor brasileiro Walter Smetak) foi estreada na Alte Oper Frankfurt e no MaerzMusik Berlin em fevereiro e março de 2017 pelo Ensemble Modern. Kampela também é um dos verdadeiros inovadores da música contemporânea para violão. Dele estudos de percussão para guitarra solo explora timbre, tom, textura e designs rítmicos complexos que combinam técnicas tradicionais com efeitos de percussão orientados por ruído.
Kampela é Ph.D. em composição pela Columbia University. O jornal New York Times escreveu: “Peças extraordinárias … Os efeitos de Kampela eram fascinantemente inventivos. O melhor de tudo foi o uso de uma colher para dar ao violão um som ondulante e subaquático.”
A música de Kampela existe na interseção de preocupações ergonômicas e estruturais, e prospera nos interstícios de micro-ritmos (modulações micrométricas) e técnicas instrumentais estendidas. Situações como uma viola tocada por um violonista, um duo de violões que começa a tocar com o dorso de seus instrumentos, a desconstrução de formas tradicionais (sambas atonais), ou a recriação teatral de uma situação de ensaio como em Investigação geram uma qualidade de urgência e uma beleza incrível.
Banda Artur Kampela
Arthur Kampela: voz, guitarra e arranjos
José Moura: baixo
Denise Puricelli: piano e teclado
Gottfired Stoger: flauta, saxofone e clarinete
Jay Elfenbeim: violoncelo e viola da gamba
Mauro Refosco: percussão