O Presidente da Estados Unidos, Donald Trump, assinaram dois pedidos executivos na quinta-feira à noite (6) para proibir dois pedidos chineses do país em 45 dias, o TikTok e o WeChat, se não forem vendidos para empresas americanas por suas empresas domésticas.
A ordem executiva proibiria “qualquer transação por qualquer pessoa, ou em conexão com qualquer propriedade, sujeita à jurisdição dos Estados Unidos, com a ByteDance Ltd” (e com a Tencent), a partir de 45 dias.
As ordens foram assinadas no mesmo dia em que o Senado votou por unanimidade em um projeto de lei do senador Josh Hawley que proíbe funcionários federais de usarem o aplicativo de compartilhamento de vídeo TikTok em dispositivos fornecidos pelo governo.
O aplicativo foi criticado por parlamentares dos EUA e pelo governo Trump, que alegam problemas de segurança nacional devido ao fato de ser controlado pela empresa chinesa ByteDance.
Ambas as ordens executivas dizem que os aplicativos “capturam automaticamente (m) vastas extensões de informações de seus usuários … essa coleta de dados permite que o Partido Comunista Chinês acesse as informações pessoais e privadas dos americanos”.
O WeChat é um aplicativo de mensagens instantâneas para dispositivos móveis que compete com o WhatsApp. Foi lançado em janeiro de 2011 e é desenvolvido pela empresa chinesa Tencent. É um dos aplicativos de mensagens mais usados no mundo, com mais de um bilhão de usuários ativos mensais.
Trump ameaça proibir o aplicativo TikTok nos Estados Unidos há semanas. A plataforma, que vem crescendo rapidamente, tem cerca de 80 milhões de usuários ativos mensais nos Estados Unidos e é acusada de coletar dados pessoais de americanos para compartilhar com o governo chinês.
A Microsoft está negociando a compra do aplicativo ByteDance, mas Trump parece duvidar que esse acordo possa ser aprovado.
O TikTok é um aplicativo gratuito, uma espécie de versão curta do YouTube. Os usuários podem postar vídeos de até um minuto e escolher entre um grande banco de dados de músicas e filtros. Os vídeos geralmente têm sincronização de músicas, cenas divertidas e truques incomuns de edição.
A plataforma cresceu em popularidade nos últimos anos, principalmente entre pessoas com menos de 20 anos.
Esses vídeos estão disponíveis para seguidores, mas também para estranhos. Por padrão, todas as contas são públicas, embora os usuários possam restringir os uploads para uma lista de contatos aprovada.
Quando um usuário tem mais de 1.000 seguidores, ele também pode transmitir ao vivo para seus fãs e aceitar presentes digitais que podem ser trocados por dinheiro.
A Índia já bloqueou o TikTok e outros aplicativos chineses. A Austrália, que já proibiu a empresa chinesa de tecnologia Huawei e a fabricante de equipamentos de telecomunicações ZTE, também está considerando proibir o TikTok.
O aplicativo foi baixado com mais frequência na Índia, mas a proibição de Délhi significa que a China atualmente é seu principal mercado, seguida pelos Estados Unidos. O Brasil aparece em quinto lugar, depois da Indonésia.