Portugal e Brasil assinam 13 acordos

Os governos de Lisboa e de Brasília têm sublinhado que este conjunto de compromissos duplica o número de instrumentos jurídicos alcançados na última cimeira entre os dois países, realizada há seis anos e meio, com António Costa como Primeiro-Ministro de Portugal e com o então Presidente do Brasil, Michel Temer.

António Costa e o atual chefe de Estado brasileiro, Lula da Silva, assinaram os acordos que abrangem diversas áreas.

Com este compromisso, de acordo com os dois governos, pretende-se “estabelecer o quadro legal para a concessão de equivalência de estudos no Brasil (ensino primário e secundário) e em Portugal (ensino básico e secundário), com vista a promover uma adequada integração escolar”. de nacionais dos dois países, a fim de prosseguirem os seus estudos em estabelecimentos de ensino do outro país”.

Outro destaque é o acordo para a criação da Escola de Português de São Paulo – Centro de Língua e Cultura Portuguesa, que visa definir um entendimento comum para sua instalação e funcionamento, “estabelecendo, para tanto, um conjunto de princípios e obrigações a serem observados pelos ambas as partes.

Além de um acordo sobre protecção de testemunhas, com vista a combater “o crime violento e organizado de forma coordenada”, os dois países têm ainda um memorando de entendimento “para a criação de mecanismos que promovam a cooperação bilateral para o intercâmbio de boas práticas “. na promoção e defesa dos direitos das pessoas com deficiência.

Os executivos de Lisboa e de Brasília vão assinar um memorando na área de energia com o objetivo de promover “o desenvolvimento e a implementação da cooperação institucional, técnica e científica, bem como o intercâmbio de conhecimento, e estimular a implementação conjunta de programas, projetos e atividades

Segundo o texto final, nesta área da energia “estão previstos programas e iniciativas de eficiência energética, na integração da eletricidade renovável na rede, no armazenamento de energia e de combustíveis renováveis, como o hidrogénio e o biometano.

Paralelamente, na área da geologia e minas, os executivos nacional e brasileiro dizem querer “promover o desenvolvimento e concretização da cooperação institucional, técnica e científica, bem como a troca de conhecimento, e incentivar a cooperação implementação de programas, projetos e atividades. Este compromisso prevê “o estabelecimento de alianças, a partilha de conhecimentos na investigação geológica e exploração mineira e o contributo para a transição energética sustentável do ponto de vista da verticalização do setor”.

Portugal e Brasil vão também assinar compromissos de cooperação biomédica, com vista ao reforço da cooperação em investigação, e também entre a Agência Espacial Portuguesa e a Agência Espacial Brasileira.

Nesta última, o objetivo é promover a cooperação “em vários domínios das tecnologias e serviços espaciais, nomeadamente nos domínios da observação para a gestão e monitorização da terra, terra e mar, na vertente da sustentabilidade, bem como na cooperação em tecnologias de infraestrutura para sistemas de lançamento orbital e suborbital”.

Este protocolo prevê ainda “ações de intercâmbio de profissionais e organização de ações de formação, bem como de apoio e assistência recíproca”.

Os dois países também vão assinar um memorando de entendimento para promover o reconhecimento mútuo das cartas de condução.

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