O vice-presidente Yemi Osinbajo pediu aos nigerianos que parem de jogar as cartas do preconceito étnico e religioso para obter ganhos políticos.
Osinbajo fez a ligação enquanto discursava na segunda-feira no Instituto Nacional de Política e Estudos Estratégicos (NIPSS), Kuru, no estado de Plateau, durante uma palestra intitulada Criando uma Pátria para Todos: Construção de Nação em uma Democracia Diversificada.
Ele também exortou os nigerianos a explorar a diversidade sociocultural do país para a unidade nacional e coexistência pacífica, especialmente com a nação passando por casos pós-eleitorais.
Osinbajo criticou o “armamento” do preconceito étnico e religioso para fins políticos, acrescentando que a competência democrática é definida pela diversidade sociocultural da sociedade.
Ele disse que os líderes “não podem se dar ao luxo de jogar com o preconceito”, acrescentando que “têm o dever de se comportar com alto senso de responsabilidade, mesmo quando conduzem a disputa pelo poder”.
O vice-presidente destacou que é preciso avaliar até que ponto os atores políticos cumprem o acordo de paz que assinam.
“Uma das tendências feias testemunhadas neste ciclo eleitoral foi o armamento do viés étnico, religioso e seccional de forma a prejudicar a coesão social”, disse Osinbajo.
“Qualquer tentativa de negar às pessoas o direito de votar em qualquer localidade com base no fato de que não pertencem a ela é condenável nos termos mais fortes possíveis.”
De acordo com Osinbajo, a diversidade da Nigéria não é um problema nem uma maldição, mas sim uma bênção e um bem.
“A integração social é um dos mais altos ideais da constituição nigeriana, que garante aos cidadãos o direito de percorrer todo o país sem impedimentos”, disse Osinbajo.
“A constituição afirma o direito de todos os nigerianos de não serem discriminados por causa de sua identidade. Acima de tudo, a constituição mantém a integração como uma prioridade.”
Osinbajo, que é advogado, observou ainda que a lei não foi criada para alimentar um sistema de apartheid que distingue entre nativos e colonos, mas sim para criar uma nação cívica.
“É possível superar preconceitos étnicos ou religiosos e construir uma nação unida? Sim, é, mas é uma jornada, não um acontecimento; e talvez seja a questão mais importante na construção da nação”, disse Osinbajo.
“À medida que a humanidade busca construir uma civilização mais duradoura, justa e sustentável, nossos preconceitos naturais e impulsos irredentistas aliados devem ser disciplinados e sublimados em uma reciprocidade enraizada em nossa humanidade compartilhada.”