Não se preocupem, bolsonaristas brasileiros: Lula se parece muito com Jair (e Donald)

COMENTÁRIO Os brasileiros conservadores temiam a nova presidência de Lula, mas acontece que ele é muito parecido com o homem deles, Jair Bolsonaro, quando se trata de não defender a democracia.

permaneceu boas notícias —boas notícias— para os militares da Flórida bolsonaristas. Afinal, ele pode ter vencido as eleições presidenciais brasileiras em outubro passado!

Não estou dizendo que seu candidato de direita, o ex-presidente Jair Bolsonaro, realmente teve sucesso em sua candidatura à reeleição. Ele definitivamente perdeu (e apesar de todas as fantasias presunçosas às quais você se apega, não foi por fraude eleitoral). Não, estou dizendo que embora Bolsonaro tenha afundado, parece você ele ganhou, porque o esquerdista que o derrotou, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, não está sendo diferente de Bolsonaro no que diz respeito a um descaso estúpido e insensível em defender a democracia.

A tentativa desajeitada de Lula de transformar o Brasil em um mediador da paz na Ucrânia – um esforço que ele elogiou durante sua visita à China esta semana – é o exemplo mais recente.

O próprio Lula pode não ser o pretenso autocrata que Bolsonaro é. Mas nos últimos dias ele voltou a nos mostrar que tem um muito bolsonarista um ponto fraco para tiranos como o ditador russo Vladimir Putin, começando com sua relutância em condenar a loucura stalinista da invasão neandertal de Putin na Ucrânia há um ano.

Na semana passada, Lula disse que Putin “precisa pensar” sobre seu ataque assassino lá. (Oh, Senhor Presidenteisso deve ter feito tremer as cúpulas de cebola do Kremlin!) Então, ao mesmo tempo, ele sugeriu que a Ucrânia desse à Rússia a península da Crimeia, que Putin já invadiu e anexou ilegalmente em 2014.

Você diz a um chefe de estado que usa meias com sandálias que ele “precisa pensar a respeito”. Você diz a um chefe de Estado que está cometendo a violação criminosa de uma república democrática vizinha que ele precisa retirar suas tropas e tanques antes que o tipo de negociação diplomática que Lula insinuou possa ser considerado. E não até então exorte a nação vitimizada a fazer uma concessão que apenas encorajará a nação vitimizadora a continuar vitimando outras nações.

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Mas, como mencionei, esta é apenas a mais recente exibição das desculpas de Lula para bandidos despóticos.

Ele tem feito declarações confusas sobre política externa desde que iniciou sua presidência 2.0 no dia de Ano Novo. Como sua surpreendente defesa do ditador venezuelano e irmão de fraternidade esquerdista Nicolás Maduro em janeiro. Maduro roubou sua reeleição em 2018; engendrou a pior crise humanitária da história moderna da América do Sul; Ele é acusado pela ONU de crimes contra a humanidade. Mas Lula insistiu que ele é simplesmente um homem do povo terrivelmente incompreendido, enganado pela “interferência” liderada pelos EUA, que precisa de algum “Querido,” ou carinho.

Você diz a um chefe de estado que usa meias com sandálias que ele “precisa pensar a respeito”. Diga a alguém que está violando criminalmente uma república democrática vizinha que ele precisa retirar suas tropas e tanques. Período.

Percebo que Lula está tentando continuar de onde parou sua última presidência, 12 anos atrás. O Brasil havia se tornado a sexta maior economia do mundo, em grande parte graças à demanda chinesa por soja. Lula queria transformar isso em influência geopolítica e transformar o Brasil em um novo mediador internacional influente, uma alternativa mais neutra à hegemonia dos EUA em um mundo mais multipolar.

monstros populistas

O que era bom, até encorajador. A grande tentativa do Brasil na época de mostrar que era um intermediário global foi um acordo de 2010 que ele e a Turquia elaboraram para permitir que o Irã buscasse energia nuclear em meio aos esforços dos EUA e internacionais para impedir que o Irã procurasse armas nucleares. Foi um esforço bem-vindo e bem-intencionado, embora ingênuo e excessivamente ambicioso.

rússia brasil

Mikhail Klimentyev

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Sputnik Kremlin Pool via AP

O então presidente brasileiro Jair Bolsonaro (à esquerda) e o presidente russo Vladimir Putin em Moscou no ano passado, na véspera da invasão da Ucrânia pela Rússia.

Mas hoje Lula não parece tão habilmente sintonizado com o mundo que surgiu desde 2010. Talvez naquela época seus ideais não intervencionistas, uma mentalidade latino-americana nascida das feridas de 20eleA intromissão dos EUA na região ao longo do século passado – ainda eram relevantes. Hoje, quando gigantes populistas como Putin e Maduro são cada vez mais a nova ordem, eles podem parecer precariamente estranhos.

Já é ruim o suficiente que Lula pareça alinhado na Rússia com autoritários de esquerda como Maduro e o ditador nicaraguense Daniel Ortega, que não apenas defendem Putin, mas o abraçam como uma alma gêmea antiamericana, apesar de suas próprias atrocidades imperialistas.

Lula também parece estar muito próximo da questão com todos os antidemocratas de direita que ele supostamente despreza. Como o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, um franco admirador de Putin que no mês passado reiterou suas próprias desculpas bajuladoras pelo ataque violento à Ucrânia, chamando-o de uma mesquinha “disputa territorial”. E principalmente o líder que Lula acaba de substituir, Bolsonaro, que às vésperas do assalto à Ucrânia no ano passado expressou sua efusiva “solidariedade” a Vladimir, o Terrível.

é o suficiente para fazer bolsonaristas na Flórida e em todo o Brasil eles se sentem vencedores novamente.

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